Bem-estar
As festas natalinas e a confraternização da passagem do ano podem ser datas de muita pressão emocional para quem não está no clima e para quem não curte comemorar esses momentos. Por isso, é importante saber algumas dicas de sobrevivência para as festas de fim de ano. Sua saúde mental agradece!
Você deve estar se perguntando “ Como as festas de final de ano podem desagradar alguém?”. Pois é, amigo, para pessoas ansiosas, depressivas, tímidas e descrentes nessas comemorações, pode ser um momento bem difícil.
Então, a Eurekka vai dar uma mãozinha pra tornar esses eventos mais tranquilos com dicas de sobrevivência. Mergulhe nesta leitura e depois comente o que você achou!
A ansiedade que as festas de final de ano causam
A proximidade de eventos como o Natal e a Confraternização do primeiro do ano podem deixar algumas pessoas exaustas, ansiosas, com medo de serem julgadas.
Isso acontece, porque essas datas não são fáceis pra todo mundo. Para algumas pessoas, elas trazem lembranças ruins e isso gera uma certa melancolia.
Então, um comportamento comum nesses casos é preferir ficar sozinho, para evitar atritos e constrangimentos. Afinal, há um padrão de comportamento que sugere todo mundo feliz, grato e realizado durante esses eventos.
A gente sabe que essa não é a realidade, e para o ansioso, por exemplo, é muito frustrante fazer parte de uma comemoração em que todos estão plenamente felizes, e ele não.
Um exemplo clássico são aquelas pessoas que não tiveram um bom ano, seja porque perderam o emprego, porque terminaram um relacionamento, ou seja porque perderam alguém querido.
O que acontece é que as outras pessoas insistem em fazer perguntas sobre o assunto, querer relembrar a história ou dar palpites. São comuns aquelas frases do tipo “ Bola pra frente, você é muito mais do que ele merecia”, “ Não fique chateado, agora eles vão ver o ótimo funcionário que você era”, ou então “ Ele morreu porque era hora”.
Vamos combinar uma coisa, caro leitor? Essas frases só pioram a situação. O mais correto é apenas validar e dizer “ Eu entendo o que você está sentindo e sei que no Natal, esses sentimentos afloram”. Pronto! É só isso e nada mais!
Dicas de sobrevivência para as festas de final de ano
A ideia é evitar a comunicação violenta. Portanto, antes de mais nada, visualize o ambiente da festa, da confraternização, do encontro. Se for da família, você já conhece as “peças do tabuleiro” e pode pensar em como movê-las.
Se for do trabalho, a regra é a mesma, mas com um detalhe importante: qual é o nível de intimidade que você tem com seus colegas de trabalho? Isso é importante para que você dê limites, afinal, algumas pessoas precisam.
Enfim, tente se preparar para esses momentos. Se considerar que algumas confraternizações serão muito nocivas, não vá.
E pra você definir melhor a sua participação nesses eventos de final de ano, a Eurekka listou algumas dicas de sobrevivência para as festas de fim de ano! Confira:
Controle as finanças durante as festas
É normal gastar um pouco mais nessa época do ano. São presentinhos, amigo-secreto, roupa nova, decoração da casa, participação financeira no jantar da família e outras coisinhas mais.
Então, para você não ficar ansioso por causa do dinheiro gasto, faça um breve planejamento financeiro e seja honesto com a sua situação. Não gaste mais do que você pode!
Uma dica de ouro é pensar em presentes alternativos, que tenham valor sentimental e que talvez você mesmo possa fazer. Também é válido selecionar as confraternizações, afinal, você não precisa ir a todas.
Não se sinta pressionado pela tia dos namoradinhos
Muita gente evita esses momentos anuais, como o Natal e a passagem do ano, porque encontra parentes que só vê naquele momento e é natural que eles estejam curiosos para saber das novidades. Daí surgem aquelas perguntas indesejadas “E os namoradinhos, nada ainda?”, “Quando vão ter filhos?”, ou “Não terminou a faculdade ainda?”.
A dica é não se abalar, dar respostas curtas e entender que não fazem isso por mal. Apenas querem interagir e saber das fofocas. O que nos consola é que todas as famílias têm os seus curiosos de plantão, portanto, não deixe isso mexer com as suas emoções.
Tente pensar em coisas concretas pelas quais você é grato.
Se a angústia bater neste período de festas e confraternizações, faça uma lista de coisas boas que aconteceram com você no ano que termina. Agradeça por mínimos acontecimentos, aliás, agradeça muito por você estar vivo e também por estar ali naquela família, naquele emprego ou em qualquer outro grupo. Isso já é uma grande vitória.
Só vá para lugares que te fazem bem
Saiba que essa atitude não é nem um pouco antipática. Pelo contrário, é uma das mais valiosas dicas de sobrevivência para as festas de fim de ano.
Imagine que você tenha sido convidado para confraternizar com um grupo que bebe muito e a bebida alcoólica será o ponto máximo da festa. Se você é sensível e gosta de ter controle sobre as suas ações e emoções, evite este tipo de lugar. O que você vai aproveitar e viver de verdade estando completamente bêbado?
Portanto, procure participar de festividades que estejam de acordo com o seu perfil. Você não tem a obrigação de se encaixar em momentos que não te representem e o mais importante: não se sinta culpado por isso.
Faça o seguinte: ligue para o organizador da festa, agradeça pelo convite, mande uma lembrança para ele e pronto. Você foi gentil e educado.
Dê sentido às tradições das festas
É comum que os eventos natalinos e as confraternizações da passagem do ano se afastem do verdadeiro sentido desses momentos. Então, vamos relembrar para você, quem sabe, comemorar de um jeito diferente.
O Natal é uma comemoração cristã que relembra o nascimento de Jesus Cristo. Portanto, é momento de refletir sobre valores como amor, respeito, empatia, simplicidade e valorização da vida. Ou seja, não tem nada a ver com ostentação e bebedeira. Percebe?
Já a Confraternização Universal ( passagem do ano) tem como objetivo fortalecer a paz entre as nações e combater todos os tipos de violência.
Dessa forma, proponha aos seus familiares, por exemplo, que ressignifiquem as festas de final de ano. Que tal organizar uma celebração em família com troca de cartões e mensagens? Ou fazer uma ceia natalina para alguma instituição de caridade?
Essas atitudes são inclusivas e evitam os costumeiros constrangimentos de quem está com a roupa mais chique, quem trouxe a melhor sobremesa ou quem está com o namorado mais galã.
Festeje, mas com moderação
Alegria, disposição e vontade de recomeçar são emoções bem comuns no final do ano. A sensação é que estamos recebendo uma nova chance de viver. Até aí tudo bem!
No entanto, o que se tem vendido como imagem de felicidade é um pouco distorcido. As pessoas exageram na bebida, na comida e, algumas vezes, no luxo que nem podem pagar.
Bebem e provocam acidentes de carro; fazem dívidas para servir a comida mais cara e se preocupam em passar uma imagem de que está tudo bem e “depois eu vejo”.
Isso é nocivo para a saúde mental de qualquer pessoa, porque depois a conta chega e a frustração é maior. Surge um sentimento de culpa e que as festas foram mais maléficas do que benéficas.
Então, desacelere e festeje de acordo com o seu perfil e com as suas condições, lembrando sempre o verdadeiro sentido dessas festas. Faça a pergunta: o que eu estou festejando?
Se a resposta for “a vida”, então cuide dela.
Um psicólogo pode ser um ótimo aliado!
Com essas dicas de sobrevivência para as festas de fim de ano, você deve ter percebid que não precisa declarar guerra ao espírito natalino, mas tem o direito de se proteger e cuidar da sua saúde mental nesse período.
Os sentimentos de ansiedade, exclusão, pressão e julgamentos podem impedir que você se junte a pessoas queridas, e a gente aqui da Eurekka sabe o quanto isso causa angústia e sofrimento.
Por isso, a ajuda de um profissional da psicologia é bem-vinda pra ensinar você a lidar com os desafios desse tipo de comemoração. A palavra-chave é autoconhecimento e domínio das emoções.
Afinal, a maioria dos seus amigos e quem você considera que sejam familiares é gente muito bacana e você tem o direito de comemorar com eles.
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