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Uma inovação é disruptiva quando atende as necessidades de um nicho de mercado pouco atraente para outras empresas do setor. Entenda!

O termo inovação disruptiva tem sido bastante citado no meio corporativo, entretanto nem sempre é utilizado da forma correta. Um negócio disruptivo não é apenas inovador e moderno, o conceito vai além. Trata-se de algo que muda completamente a lógica de um mercado. Compreender o significado de disruptividade é crucial para quem deseja abrir um empreendimento.

No artigo a seguir explicaremos o conceito e também como ele pode ajudar no desenvolvimento de ideias que alavancarão os seus resultados. Continue acompanhando e saiba mais a respeito do real significado da expressão e como torná-la uma parte da sua caminhada rumo ao desenvolvimento de projetos sólidos. 

O que é inovação disruptiva?

A teoria da inovação disruptiva foi criada pelo professor da Universidade de Harvard Clayton M. Christensen e citada em seu livro “O Dilema da Inovação”, publicado em 1997. Ela explica o fenômeno pelo qual uma inovação transforma um mercado ou setor existente através da introdução da simplicidade, conveniência e acessibilidade. 

Precisamos fazer o adendo de que a teoria de Christensen foi inspirada no conceito de “destruição criativa”, criado pelo economista austríaco Joseph Schumpeter, em 1939. Esse conceito era usado para explicar os ciclos dos negócios. De acordo com ele, o capitalismo funciona em ciclos e cada nova revolução (tecnológica ou industrial) destrói a predecessora tomando seu mercado. 

Uma inovação é disruptiva quando atende às necessidades de um nicho de mercado que pode parecer pouco atraente ou irrelevante para outras empresas do setor. Então, esse produto ou serviço surge e redefine completamente o mercado. Um exemplo clássico de inovação disruptiva é o computador pessoal. 

Antes de ser criado, existiam apenas as grandes máquinas utilizadas por empresas e que eram caríssimas. Além disso, era necessário um profissional com experiência em engenharia para operá-los. A Apple, uma das pioneiras na computação pessoal, começou a vender seus primeiros computadores no final dos anos 70 e início dos anos 80, mas como um brinquedo para crianças. 

O produto não era bom o suficiente para competir com os computadores, mas os clientes da Apple não se importavam, já que não podiam pagar o preço das máquinas profissionais e não havia nenhuma outra opção no mercado. Pouco a pouco, a inovação foi melhorada. Então, em alguns anos, o computador pessoal ficou menor, mais acessível e passou a fazer o trabalho que antes era realizado apenas pelos computadores profissionais. Isso criou um mercado completamente novo e mudou a vida de toda a sociedade. 

É importante lembrar que a ruptura, no sentido de inovação, é sempre uma força positiva. As inovações disruptivas não são um avanço tecnológico que tornam bons produtos ainda melhores, mas sim tornam produtos e serviços mais acessíveis para muito mais pessoas, trazendo benefícios para a sociedade como um todo.

Disruptividade combina com simplicidade

Para entender efetivamente o que significa disruptividade é essencial pontuar que o conceito está bastante alinhado com simplicidade. Geralmente, as pessoas associam ideias disruptivas a grandes inovações tecnológicas, mas não é bem por aí. A disruptividade geralmente se caracteriza por ser uma solução mais simples e mais barata.

As ideias disruptivas tendem a ampliar o acesso a um produto/serviço, ou seja, permitem que mais pessoas, de diferentes perfis, possam usufruir da solução em questão. Em geral, no começo, as ideias disruptivas atendem um público mais restrito e modesto. Porém, depois alcançam um público maior e mais heterogêneo. 

Inovar é preciso: como colocar a disruptividade em prática?

Depois de entender melhor o conceito de inovação disruptiva, talvez você esteja se perguntando como colocar em prática na sua empresa. Para inovar uma organização precisa de:

Criatividade

Empresas inovadoras precisam ter em sua equipe pessoas criativas e competentes, que enxergam além do que um produto pode oferecer. As pequenas empresas que desejam se destacar em meio à multidão precisam encontrar e contratar pessoas criativas e que conseguem pensar fora da caixa. Em outras palavras, é preciso contar com colaboradores que identifiquem soluções inesperadas para questões determinantes para a sociedade. 

Liderança

Para se firmar como uma organização inovadora no mercado, é importante que uma empresa nunca deixe de inovar. Esta é uma reputação que deve ser construída ao longo do tempo, sempre lançando novos produtos ou serviços ou versões atualizadas deles. Para ser a líder do seu setor, é necessário que as marcas invistam constantemente no desenvolvimento com qualidade dos seus produtos e serviços. 

Experiência

Uma grande inovação é um fruto da experiência adquirida por uma empresa no decorrer dos anos. Por isso, esteja pronto para tentar e falhar, o sucesso chega para aqueles que não desistem. Os erros devem ser compreendidos como ensinamentos de quais pontos aprimorar ao longo da jornada para conquistar a confiança dos consumidores

Inovação disruptiva: como pode te ajudar com novas ideias?

O conceito de inovação disruptiva propõe que as empresas se mantenham criativas e preparadas para mudar o mercado. A ideia básica é a de movimentar o mercado no sentido de desenvolver tecnologias mais inovadoras, acessíveis, baratas e eficientes. Ao trabalhar sob esse viés, as companhias criam verdadeiras revoluções nos seus mercados.

Há uma transformação completa e profunda do mercado em que surge uma inovação disruptiva. Então, esse conceito pode auxiliar os empreendedores a posicionar seus empreendimentos no mercado, buscando entregar o máximo de valor com menos custos. Trata-se de adotar um sistema de trabalho em que a companhia faz previsões mercadológicas para entender o que o público espera.

Assim, a empresa oferece no presente aquilo que os consumidores irão querer no futuro. Na prática, significa praticar até mesmo a chamada autodisrupção, ou seja, desenvolver produtos/serviços que tirem seu próprio mercado, evitando que outras empresas o façam. Um exemplo de autodisrupção é quando uma empresa lança produtos populares, mesmo não sendo esse seu nicho, para sair na frente dos seus concorrentes. 

Pautar o trabalho da sua companhia no conceito de disrupção é importante para construir uma relação mais sólida com os seus consumidores. Em médio e longo prazo, é mais saudável para a sua organização ter um portfólio de soluções disruptivas. Afinal, para se manter relevante no mercado, é determinante oferecer algo que seja importante para o seu público. 

Mais acesso a custo de grandes mudanças

Algo relevante de mencionar a respeito de inovações disruptivas é que elas, geralmente, ampliam o acesso a produtos/serviços, mas ao custo de grandes mudanças. Quando a lógica de um mercado é alterada, isso leva a mudanças significativas, como, por exemplo, o fechamento de companhias tradicionais. 

Se as empresas que ofereciam soluções convencionais fecham, é natural haver muitas demissões. É evidente que esse tipo de inovação tende a gerar a irritação de muitos atores do mercado. Compreender esses efeitos colaterais é essencial para estar preparado para os desafios que a disrupção pode gerar. Um empreendimento que deseja se posicionar dessa forma no mercado, deve ter uma boa estratégia de comunicação para lidar com esses tópicos mais problemáticos.

Devemos ter em mente que, quanto mais o tempo passa, mais mudanças tendem a acontecer nas estruturas da sociedade. Sendo assim, é natural que esse tipo de transformação aconteça. A questão no conceito disruptivo gira em torno da rapidez com que isso ocorre. 

Conseguiu entender o conceito de inovação disruptiva? Deixe seu comentário no espaço abaixo, compartilhe suas ideias e pensamentos conosco. Aproveite para compartilhar esse conteúdo nas redes sociais para passar o conhecimento adiante!

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC – Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.

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