Quando a minha mãe de 81 anos acorda de madrugada, sempre acredita que é alguém precisando de sua reza. Entende como um chamado de última hora.
Em vez de o interfone tocar, as visitas são por dentro dos pressentimentos. Seus sonhos são a campainha. Recebe os pedidos durante o sono, pela atenção extrema de sua sensibilidade.
Ela sai do quentinho das cobertas, levanta da sua cama – a preguiça prejudica o pensamento positivo -, busca o seu terço marrom que está no galho da trepadeira Lágrima de Cristo (inventou que ali é o melhor lugar para guardá-lo) e vai para a cadeira de balanço perto da janela, onde amamentou os seus quatro filhos.
Te interessa?
Enquanto rola as pedrinhas em suas mãos, fica mirando a esquina vazia, iluminada apenas pelo clarão dos faróis de algum carro subindo a ladeira.
Não desperdiça a sua insônia, aproveita o tempo e a quietude do apartamento para se concentrar. Pode levar trinta minutos ou uma hora, dependendo da gravidade do caso.
Às vezes, ela nem sabe para quem está rezando, mas reza com igual devoção, porque Deus, com certeza, sabe.
Ela não gosta que diga que isso é paranormalidade, pois defende a empatia como fundamento da normalidade. Preocupar-se com quem sofre nos ensina a sair do próprio sofrimento.
Se ela não dorme direito, já sei que rezou por uma pessoa do nosso convívio. Nem reclamo mais. Cumpriu a sua boa ação antes mesmo de despertar.
Rezadeiras também fazem plantão, essas socorristas anônimas da alma.
Todos temos rezadeiras que nos amam e que rezam por nós
O texto se chama Insônia da Reza e é do Fabrício Carpinejar, que se tornou uma das coisas mais amáveis para os fãs desse grande escritor nos últimos meses. E o que não faltou ainda, foram histórias sobre a semelhança dessa história.
Parar um momento e falar com Deus sobre as pessoas que amamos é uma coisa graciosa. E fazer isso todos os dias não só protege a quem amamos, mas também a nossa alma.
Conversar com Deus, falar nossas palavras, separa nossos momentos é revigorante. Não podemos viver sem isso, pois esse é o alimento que nos renova a cura vindo assim, de dentro para fora.
Como o próprio Fabrício chegou a dizer em seu texto tocante, esses são os plantões que precisamos fazer para nos trazer conserto e renovo. É disso que precisamos. E é disso que não podemos ficar sem!
Essa empatia que temos para com quem amamos pode ser uma das provas de amor mais benéficas, pois não agimos só com fé, mas também com toda a dedicação que o amor pede em tempos difíceis.
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Destinar nossas preces a Deus é o melhor e mais seguro investimento das coisas boas entrando e se firmado em nossas vidas – e sem que saiba, na de quem amamos também.
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Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.