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7 sinais de autossabotagem nos relacionamentos
A autossabotagem nos relacionamentos é um problema silencioso que pode levar ao término de relações que, na verdade, as pessoas não querem que acabem. Ele é silencioso porque os comportamentos autossabotadores são de difícil identificação.
Então, quando as pessoas finalmente percebem o que estão fazendo, elas não conseguem parar. Mesmo felizes, elas procuram razões para implicar com o cônjuge e acabar com o relacionamento.
O que é autossabotagem?
A autossabotagem pode ser definida como a prática de sabotar a si próprio, motivada pelo desejo de evitar algo. Esse termo costuma ser muito aplicado à vida profissional, quando indivíduos sabotam as suas chances de ter sucesso em suas carreiras por medo, insegurança e crenças limitantes.
Mas, na verdade, existem vários tipos de autossabotagem.
As pessoas podem se sabotar nos relacionamentos, no círculo social, em questões relacionadas ao seu próprio desenvolvimento pessoal, nos seus estudos acadêmicos, entre outros. Basta haver o medo do enfrentamento de uma determinada situação, mesmo que essa seja benéfica ou almejada pelo indivíduo.
A autossabotagem afasta as pessoas da realização dos seus sonhos. A promoção na carreira, o sucesso no relacionamento, a autoestima elevada, a conclusão de uma tese, a viagem dos sonhos… Todos esses objetivos permanecem distantes porque a autossabotagem obstrui os caminhos para chegar lá.
O que é autossabotagem nos relacionamentos?
A autossabotagem nos relacionamentos acontece quando as pessoas tomam atitudes para sabotar as suas relações afetivas. As suas ações são, em grande parte, inconscientes. Por essa razão, muitas pessoas ficam confusas ou frustradas quando as suas relações continuam a não dar certo. Por que nunca conseguem ter um relacionamento saudável?
A nossa mente nos sabota para nos proteger de possíveis experiências negativas. Por passarmos horas pensando no pior cenário possível, sofrendo por antecedência com a ansiedade, o medo e a raiva, a nossa mente entende que aquelas situações imaginárias são extremamente negativas. Assim, quando estamos perto de vivenciá-las na realidade, tomamos atitudes sabotadoras para evitar um possível sofrimento.
Você pode ter encontrado um parceiro incrível e estar em um relacionamento muito bom, conforme tudo o que você imaginou. Entretanto, o medo de ser traído, rejeitado, enganado, se comprometer ou qualquer outra situação negativa pode promover a autossabotagem.
A falta de autoconfiança e amor-próprio também fazem com que as pessoas sabotem a si mesmas em diversas áreas das suas vidas. Uma autoimagem negativa favorece a instalação de crenças limitantes, como a da incapacidade e do não merecimento da felicidade.
Quem acredita nisso toma decisões, muitas vezes sem perceber, para sabotar o seu sucesso e chances de felicidade. O indivíduo autossabotador, então, se sente validado quando as coisas não dão certo para ele e continua a reproduzir comportamentos autossabotadores.
7 sinais de autossabotagem nos relacionamentos
O que significa, de fato, sabotar um relacionamento? Quais atitudes autossabotadoras causam o fim de uma relação? Abaixo, separamos 7 sinais de que você está se sabotando.
1. Você faz críticas constantes ao parceiro
Você critica o seu parceiro o tempo inteiro, independentemente do que ele faça. Nada parece estar bom o suficiente. A necessidade de dizer algo ruim pode ser incontrolável, levando você a questionar o que está de errado com você. Afinal, por que quer magoar uma pessoa querida? Essa vontade estranha de ferir o outro é um sinal claro de autossabotagem, bem como da existência de conflitos pessoais que precisam ser resolvidos dentro de você.
2. Você faz cobranças o tempo todo
Outro maneira de sabotar um relacionamento é fazer cobranças esdrúxulas ao parceiro o tempo todo, como se fosse a obrigação dele ter comportamentos que o agradam. É preciso compreender que, mesmo em uma relação a dois, as pessoas são livres para fazer o que bem entenderem. Cobranças descabidas acabam cansando o cônjuge e, consequentemente, desgastando a relação.
3. Você guarda rancor
Em vez de conversar sobre as atitudes do cônjuge que lhe machucaram, você prefere guardar rancor e esconder os seus sentimentos. Com o tempo, esses sentimentos guardados crescem e, enfim, explodem em um momento inoportuno. Durante uma discussão boba, você começa a jogar na cara do parceiro coisas que ele fez a meses ou até anos atrás.
Essa postura não é saudável, uma vez que o outro não costuma ter ideia de que suas atitudes o magoaram. Quando você fica em silêncio, está justamente passando a mensagem contrária: que você está OK com a situação. É preciso deixar o rancor de lado e conversar abertamente com o parceiro.
4. Você se questiona constantemente
Um sinal comum de autossabotagem nos relacionamentos é se questionar constantemente. Você faz algo legal para o cônjuge e depois se questiona se realmente deveria ter feito aquilo. Será que você não foi muito pra frente? Que deveria ter feito de outro jeito? Será que passou a impressão errada?
Esses questionamentos constroem uma visão do relacionamento não condizente com a realidade. Assim, você pode ter comportamentos defensivos, ansiedade em relação ao futuro da relação e, ainda, medo de desagradar o cônjuge.
5. Você tem expectativas irreais
Pode ser difícil administrar as suas expectativas em relação ao seu relacionamento. Você pode sonhar com uma relação perfeita em que o cônjuge age de uma maneira específica, considerada a mais apropriada para você.
Quando não vê a concretização dos seus ideais na realidade, ficar frustrado consigo mesmo e com o parceiro. A frustração com as expectativas normalmente causa brigas entre o casal. Então, evite criar expectativas sobre o seu relacionamento e mantenha o foco na realidade.
6. Você alimenta a paranoia
A paranoia é semelhante ao ato de se criticar constantemente. A diferença é que ela se estende para o comportamento do outro também. Você duvida do que o cônjuge diz e faz sem possuir razões para isso, criando na sua cabeça cenários de infidelidade ou outras situações que despertam medo. Aos poucos, você deixa de confiar nele sem que ele tenha feito algo para merecer a sua desconfiança.
7. Você foca somente no lado ruim
Todas as pessoas têm defeitos, inclusive você. Quando se está tentando sabotar um relacionamento, os parceiros se esquecem disso e focam somente nos defeitos e nas atitudes do cônjuge que lhe irritam. Essa postura negativa ao extremo é uma tentativa inconsciente de afastar a pessoa amada, provocando sentimentos negativos nela.
Como acabar com autossabotagem nos relacionamentos?
Após identificarem a autossabotagem em seus relacionamentos, é normal as pessoas se questionarem como deixar de se autossabotar e ter relações afetivas mais saudáveis.
Primeiro, é preciso trabalhar as próprias inseguranças, medos e crenças. Por que você se autossabota? O que você está tentando evitar? Esse processo de autoconhecimento pode levar tempo, mas é fundamental para chegar à raiz do problema. Afinal, a autossabotagem é algo que fazemos conosco e não o que os outros fazem com a gente.
Em seguida, você pode conversar com o seu cônjuge sobre as suas inseguranças. O diálogo é sempre o melhor caminho para encontrar soluções para o relacionamento. O seu parceiro não tem como saber o que você pensa e sente se você esconder isso dele, não é mesmo? Então, seja sincero consigo mesmo e com ele para que ambos possam trabalhar para fortalecer a relação.
Tenha em mente que as atitudes autossabotadoras não vão desaparecer repentinamente. É provável que você caía em velhos padrões de comportamento sem perceber. A prática recorrente da reflexão é importante por conta disso. Quando você se conhece e está ciente da maneira como você se comporta, fica mais fácil perceber recaídas e tomar atitudes para combatê-las.
Como a terapia ajuda com a autossabotagem nos relacionamentos?
A terapia pode ajudar tanto casais cujo relacionamento está com problemas quanto indivíduos autossabotadores.
Na terapia de casal, cônjuges possuem um espaço para expressar as suas inseguranças e queixas sobre o relacionamento, bem como compartilhar o desejo para torná-lo melhor.
No caso da autossabotagem, contudo, a terapia individual pode ser a melhor escolha a princípio, dado que o paciente pode se sentir mais confortável para falar sobre as suas angústias sem a presença do parceiro.
Durante o atendimento psicoterapêutico, pacientes são levados a refletir sobre as suas crenças negativas acerca de si mesmos e de seus relacionamentos. A partir de então, conseguem tomar consciência das suas atitudes e trabalhar ativamente para modificá-las, combatendo a sensação de “estar sendo controlado pela mente”.
À medida que o paciente se conscientiza da sua necessidade de se autossabotar e começa a fazer movimentos de mudança, consegue ter relacionamentos afetivos mais saudáveis, honestos e satisfatórios sem a sombra da culpa.
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Autora: psicóloga Thaiana F. Brotto – CRP 106524/06 Formação: Thaiana Filla Brotto é psicóloga registrada no Conselho Regional de Psicologia sob o número 06/106524. Thaiana se formou em Psicologia pela PUC-PR em 2008, fez pós-graduação em Terapia Comportamental pela USP e é pós-graduanda em Neurociência pela PUC. Thaiana já escreveu mais de 400 artigos para o Blog Psicólogo e Terapia.