ergonomia organizacional Ergonomia organizacional – Conheça as principais características

 

A empresa é um grande sistema e cada investimento, cada contribuição faz muita diferença no fortalecimento e crescimento deste sistema. Olhar para uma empresa sob essa perspectiva é importante para ver como questões que muitos consideram obsoletas ou desnecessárias contribuem de maneira positiva. Podemos citar como exemplo a ergonomia organizacional. 

O cuidado com o bem-estar dos colaboradores é determinante para alcançar bons resultados corporativos. As empresas devem estar sempre atentas a formas de oferecer os recursos para que seus colaboradores possam utilizar as suas principais ferramentas. Mas, afinal: o que é a ergonomia organizacional? Para saber mais sobre este tema, continue a leitura! 

O que é a ergonomia organizacional?

O termo ergonomia está fortemente relacionado à ideia de bem-estar e qualidade de vida dos profissionais. É natural que, ao ouvir a palavra ergonomia, pensemos logo em estações de trabalho confortáveis e adequadas à saúde dos colaboradores. Móveis e equipamentos nivelados na altura correta e que proporcionem boas condições ao longo do dia estão entre os principais tópicos dentro da ergonomia. 

A transformação do ambiente físico para oferecer melhores condições para os profissionais certamente é de grande relevância, porém, ergonomia organizacional não se resume a isso.

É importante especificar que a adequação dos móveis e do ambiente que citamos acima é o que se entende apenas por ergonomia. Já a ergonomia empresarial abrange outros aspectos. A ergonomia organizacional nada mais é que a macroergonomia, pois ela engloba o entendimento dos seguintes fatores: 

Ergonomia organizacional: fatores que precisam ser considerados

Acima apresentamos o conceito central de ergonomia organizacional e agora apresentaremos alguns fatores que são considerados como de primeira importância. E que fatores são estes, afinal de contas? Podem ser: 

  • Modernização da empresa;  
  • Mudança na tecnologia; 
  • Mudança na missão da companhia; 
  • Modificação de composição acionária; 
  • Negociações sindicais; 
  • Parecer de um especialista; 
  • Filosofia administrativa e outros.

A não aplicação do conceito de ergonomia organizacional pode levar a insatisfação dos funcionários e a um clima organizacional ruim. Todas as pessoas devem ser treinadas continuamente com um sistema que respeite as limitações pessoais e capacidades humanas. 

Esse sistema demanda que a companhia esteja totalmente integrada e que todas as partes envolvidas possam desfrutar dos benefícios. A ergonomia organizacional pode agregar ao cotidiano das companhias. 

Tipos de ergonomia organizacional

A ergonomia organizacional possui algumas vertentes e por isso, antes de implementá-la em sua empresa é importante conhecer qual destes tipos se encaixa melhor no cotidiano do seu empreendimento. Confira nos próximos tópicos os tipos de ergonomia organizacional. 

1. Ergonomia participativa

Pode ser definida como o envolvimento no planejamento e no controle de suas próprias atividades de trabalho, com conhecimento e capacidade de influência nos processos como nos resultados. Para implantar a ergonomia organizacional participativa, a empresa deve ter uma estrutura suficiente para apoiar a ação de ergonomia.

Este tipo de ergonomia se originou dos programas de qualidade de vida e é feita com envolvimento representativo. Portanto, o envolvimento de líderes e gestores – sobretudo na implementação – é um fator importante para garantir o sucesso da ergonomia participativa. As equipes devem ser compostas por profissionais que reúnam as habilidades técnicas e soft skills relevantes para bons resultados. 

2. Ergonomia física

Está relacionada às características da anatomia humana. Ou seja, a ergonomia organizacional física refere-se aos processos ligados ao corpo dos colaboradores e demais pessoas que fazem parte do cotidiano da empresa. A ergonomia física estuda os tópicos relevantes de postura no trabalho, além de manuseio de materiais e realização de movimentos repetitivos. 

Para aplicar esse conceito, é essencial fazer uma avaliação criteriosa do ambiente organizacional para entender o que precisa ser mudado. As mesas de trabalho estão na altura correta para que os profissionais possam manter uma boa postura? Os equipamentos são de fácil manuseio? Todos têm acesso às ferramentas de que precisam no dia a dia? 

3. Ergonomia cognitiva

A ergonomia cognitiva, por sua vez, refere-se a fatores ligados à mente, emoção e cognição dos envolvidos. É de responsabilidade da ergonomia cognitiva avaliar a  percepção, memória, o raciocínio de acordo com a forma como afetam outros elementos do sistema. Estão incluídos também o estudo da carga mental no trabalho, tomada de decisão, estresse, entre outros fatores ligados à cognição dos colaboradores.

Como a ergonomia organizacional pode ser adotada?

Muitos especialistas acreditam que a forma mais prática de adotar a estratégia de ergonomia organizacional é através da junção dos três conceitos que apresentamos acima. Ou seja, o ideal é que a empresa tenha um ambiente físico adequado à saúde dos colaboradores, assim como tenha um bom clima organizacional e ofereça a possibilidade de participação.

Há questões relativas à ergonomia que são reguladas por legislações e regras específicas. Um exemplo é a NR17 (Norma Regulamentadora do Governo Federal) que tem como foco as necessidades dos profissionais da área técnica. Além dessas normas, é possível utilizar pesquisas e análise de indicadores para compreender se o ambiente está adequado. 

As pesquisas que não exigem identificação dos colaboradores contribuem para compreender como está o ambiente organizacional. A partir desses dados, se torna mais simples identificar as questões mais importantes de serem resolvidas. Trata-se de uma forma prática de entender o que precisa ser repensado e de que maneira fazer isso. A aplicação da ergonomia organizacional deve ser realizada sempre com alinhamento às ideias dos colaboradores. 

O diálogo certamente é a base para que um ambiente mais plural e positivo seja construído. As medidas pensadas para tornar o ambiente mais confortável e inclusivo devem ser debatidas com a equipe. A ideia é sempre buscar por soluções que sejam positivas para todos os envolvidos e que se reflita em bons resultados. 

Qual a importância da ergonomia organizacional?

Agora que você já sabe o que é e quais os tipos, fica a pergunta: a ergonomia organizacional é realmente importante para as empresas? E a resposta para esta pergunta é SIM! 

Relações interpessoais conflituosas podem gerar estresse, aumentando o índice de doenças, acidentes e absenteísmo no trabalho. O clima e a cultura da organização integram o campo da ergonomia organizacional, pois mexem com questões de organização do trabalho. Os investimentos em ergonomia física devem ir ao encontro de um planejamento ergonômico organizacional completo.

A ergonomia organizacional é muito importante dentro de um ambiente empresarial, uma vez que ela visa a redução de problemas internos causados pela existência de um ambiente de trabalho não tão favorável. Se o trabalho é fator de motivação dos funcionários, e o clima e a cultura da empresa impactam diretamente neste sentimento, então deve-se dar maiores cuidados nestes aspectos.

Reflexões relevantes 

Os outros tipos de ergonomia tendem a auxiliar, mas não substituir a ergonomia organizacional. É claro que uma boa estrutura física de aparelhagem ajuda muito, mas devemos nos voltar para os aspectos emocionais que são os grandes vilões do bom andamento da empresa.

Há cada vez mais a compreensão de que o conceito de bem-estar engloba diferentes aspectos. Dessa forma, é crucial que as empresas se atentem para a relevância de oferecer espaços físicos adequados, mas também ambientes corporativos receptivos. Os colaboradores devem se sentir seguros para relatar possíveis situações em que se sintam desconfortáveis. 

A ergonomia organizacional é um conceito que abrange o todo da companhia. A forma como o gerenciamento é feito e as soluções adotadas faz toda a diferença nos resultados obtidos. É um trabalho contínuo e que demanda atitude positiva da organização para ser mantido. 

Agora, conte pra gente: você tem alguma experiência com a ergonomia organizacional? Utilize o espaço abaixo para contar a sua experiência e também a sua opinião sobre este tema. Espalhe o conhecimento, compartilhe este artigo em suas redes sociais!

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC – Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.

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