Você já ouviu falar em comunicação não-violenta? O termo surgiu nos anos 60, durante os movimentos a favor dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.
Ele foi desenvolvido pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg, que atuava em redes de ensino que aboliam a segregação.
Seu papel na época era ensinar técnicas de conciliação e mediação a partir da CNV.
Entenda o termo Comunicação Não-Violenta
Em seu livro, onde aborda mais detalhes do termo, o autor ensina habilidades de ouvir e falar, possibilitando a conexão entre todos.
“Nós fomos habituados a uma educação em que a gente se comunica com pequenas violências, às vezes sutis, que a gente não dá conta no nosso dia a dia”, comenta a Dra. Christiana Chagas, psicóloga da Psicologia Viva, empresa de Conexa.
Unindo a fala da profissional com os ensinamentos do autor, é possível entender que a CNV propõe que o indivíduo deixe as respostas a atitudes de forma automática e passem a ser mais conscientes.
Marshall defende a comunicação a partir da escuta ativa e da observação.
“Às vezes, para algumas pessoas, a comunicação não-violenta é a aceitação de tudo. ‘Então eu sou bonzinho, não é isso?’ Não é isso. Percebo, muitas vezes, que os problemas de ansiedade, de relacionamentos, familiares e amigos se dão por falta de uma boa comunicação. Não é apenas falar, mas é a forma com que você está falando”, complementa a psicóloga.
Exemplo de comunicação-não violenta
Para facilitar, Dra. Christiana indica um exemplo prática sobre CNV. Veja só:
“Um exemplo: pense num casal que mora na praia e o marido gosta de plantar, de aproveitar a praia e acaba sempre carregando um pouco de areia pra casa. E o casal se dá super bem. Você comunica bem, mas isso é algo que incomoda muito a esposa. Ela já falou, mas não funciona. Então, será que ela falou da maneira correta?”, diz a profissional.
Ou seja: CNV não se trata de falar, mas a forma como as vontades e os desejos são expressados. A psicóloga ainda alerta: “O conflito é inerente à vida. Se a gente não entra no conflito, a gente foge dele. A tendência, inclusive, é aquilo virar uma bola de neve, porque vai ficar mal resolvido”.
O que é preciso?
A comunicação empática pode ser adotada em 4 pilares:
- Observação: observe bem o que está acontecendo em determinada situação;
- Sentimento: Dê nome ao que você está sentindo;
- Necessidades: a partir do sentimento, você entenderá qual a sua real necessidade;
- Pedido: utilize uma linguagem positiva para fazer o pedido.
Soluções
Rosenberg acredita que a boa comunicação auxilia na resolução de problemas, discussões e desentendimentos.
Por isso, ter mais autoconhecimento e entender os princípios da comunicação não-violenta pode ser determinante para uma boa relação com as pessoas.
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Fonte
Dra. Christiana Chagas é psicóloga da Psicologia Viva. A profissional atua com diferentes temas, como ansiedade, conflitos amorosos, maternidade, saúde mental e muito mais.
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