Atualmente, são muitas as razões que elevam os riscos de sofrimento mental. A pressão psicológica imposta pelas responsabilidades pessoais e profissionais geram impactos significativos sobre a saúde mental. Sendo assim, entender a importância da internação psiquiátrica pode representar a solução mais indicada nesses casos.

Veja, então, o que fazer quando um familiar passa por crises e momentos de desequilíbrio mental frequentes. Saiba com o diretor clínico do Hospital Santa Mônica, o psiquiatra Dr. Carlos Eduardo Zacharias, por que o receio em realizar uma internação psiquiátrica pode atrapalhar ainda mais o tratamento e o alcance da superação de tais desafios. Aproveite a leitura!

Qual é a importância da internação psiquiátrica?

Cuidar da saúde mental sempre foi importante. Depois da onda de Covid-19, os impactos sobre a saúde mental exigem ainda mais cuidados com o bem-estar geral. Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou sobre as mudanças no perfil psiquiátrico da população mundial após a pandemia.

De fato, as estatísticas referentes à saúde psiquiátrica revelam um cenário preocupante. Entre os dados divulgados pela OMS, chama atenção o aumento da prevalência de ansiedade e depressão. Segundo a instituição, houve um crescimento superior a 25% nas estatísticas dessas doenças.

Embora esses problemas não sejam, por si só, as doenças que mais requerem internação, vale lembrar que ambas servem de gatilho para piorar outros quadros psiquiátricos. Nesse sentido, torna-se fundamental buscar ajuda profissional para avaliar a necessidade de internação e evitar a evolução para enfermidades mais graves.

Vale destacar, ainda, que a internação psiquiátrica também é relevante sob o aspecto de proteção do paciente. Isso é bem real nos casos de esquizofrenia e tentativa de suicídio. Quem convive com pessoas com esse perfil deve procurar ajuda médica o quanto antes. Assim como o suporte profissional, o apoio da família é essencial nessas circunstâncias.

Quais são os quadros que mais precisam de internação?

Destacamos algumas manifestações psiquiátricas que exigem mais atenção profissional e avaliação da necessidade de tratamento hospitalar intensivo. Veja quais são!

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

Em primeiro lugar, é preciso saber diferenciar a crise de ansiedade da síndrome do pânico. Ainda que os sintomas sejam parecidos, é possível perceber as diferenças pela intensidade das manifestações e pelo histórico clínico do paciente.

Em geral, o pânico é um dos sinais que comprovam a evolução da TAG. Além disso, ele está relacionado ao medo por situações mais específicas, enquanto a ansiedade é uma manifestação constante e ocorre de modo generalizado. 

Quando a ansiedade atinge níveis muito elevados, sintomas como o aumento dos batimentos cardíacos, a dor no peito e a falta de ar deixam o paciente desesperado e com a mente confusa. Nessas circunstâncias, ele começa a pensar que está morrendo e pode se tornar uma ameaça a si mesmo e aos outros.

Distúrbios alimentares

O estilo de vida contemporâneo moldou o comportamento das pessoas e, com isso, também houve mudanças na percepção de certos conceitos, sobretudo em referência a questões estéticas. Por isso, a busca por padrões de beleza — muitas vezes irreais — é um dos principais gatilhos para o desenvolvimento de transtornos alimentares.

Tais distúrbios são mais comuns em jovens e adolescentes, principalmente quando influenciados por celebridades e outros fatores midiáticos. Os principais transtornos alimentares que levam pacientes à internação psiquiátrica são a anorexia — recusa alimentar por preocupação excessiva com o peso — e a bulimia, prática relacionada ao vômito induzido após as refeições.

Transtorno Depressivo Maior

É caracterizado por um tipo de depressão com sintomas mais graves e que também podem evoluir para outros distúrbios psiquiátricos mais graves. Por isso, a internação é indicada quando as crises depressivas se tornam incontroláveis e não respondem aos tratamentos convencionais.

Assim como acontece com a depressão leve, as manifestações no Transtorno Depressivo Maior são irritabilidade, alternância de humor, estresse excessivo, angústia, medo e insegurança quanto ao futuro. Porém, esses sinais aparecem em um grau muito elevado, o que sugere a procura de intervenção profissional imediata.

Ideações suicidas

Uma das condições que mais exigem atenção psiquiátrica urgente é a tentativa de suicídio. Por isso, familiares e amigos devem estar atentos a sinais que demonstram esse risco para buscar auxílio médico. Quando a saúde mental está abalada, a pessoa perde a noção da realidade e pode adotar práticas prejudiciais a si e aos outros. 

Por que algumas pessoas ficam postergando a internação?

 No passado, os hospitais psiquiátricos eram chamados de manicômios e vistos, pela maioria da população, como uma instituição exclusiva para loucos. Depois da evolução dos tratamentos psiquiátricos e da difusão de informações sobre o real papel da psiquiatria, esses conceitos mudaram.

Contudo, muitos ainda veem as doenças mentais como tabu, o que impede a busca de ajuda em casos que precisam desse tipo de suporte. Assim, a manutenção de estereótipos e preconceitos sob a psiquiatria acaba por postergar a procura por ajuda com os transtornos mentais. Isso compromete a reabilitação mental e a reinserção social de quem enfrenta tais desafios.

Convém destacar, ainda, a importância da compreensão de que a internação é um Ato Médico, conforme a Lei Federal 12.842/13. Como previsto legalmente, os profissionais utilizam de critérios técnicos tanto no momento da indicação de internação psiquiátrica como na avaliação do caso.

Quais são os diferenciais do Hospital Santa Mônica?

Em nossa instituição, a internação psiquiátrica objetiva o tratamento e a reabilitação dos pacientes que apresentam algum tipo de desequilíbrio mental, associado ou não à dependência química. Somos especializados em tratamento da adição, assim como de outros quadros que podem colocar a vida do paciente em risco ou a de pessoas de seu convívio.

Assim, o paciente psiquiátrico internado no HSM é monitorado por uma equipe multidisciplinar especializada durante 24 horas por dia, 7 dias por semana. Nossa equipe é composta por médicos clínicos, psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais devidamente capacitados e treinados para oferecer um suporte de excelência.

Temos espaço para recreação e troca de experiências entre os pacientes, o que possibilita reforçar os objetivos em comum: a recuperação plena da saúde integral. Além disso, a equipe médica mantém diálogo aberto com a família e com o próprio paciente, a fim de definir, em conjunto, quais são as melhores condutas para cada caso. 

Portanto, é necessário compreender a importância da internação psiquiátrica e solicitar apoio médico o quanto antes. Essa conscientização ajuda a agir em tempo e não esperar uma nova crise ou piora do quadro de saúde.

Percebe a necessidade de auxílio médico neste sentido? Entre em contato com a equipe do Hospital Santa Mônica hoje mesmo!

LINK DA FONTE

Rolar para cima