Embora seja reconhecido como algo ruim, o colesterol desempenha funções importantes no organismo humano. Ele faz parte da estrutura das células do organismo e é essencial para a produção de alguns hormônios e de vitaminas. O colesterol também forma ácidos biliares, que são substâncias que atuam na digestão.
O colesterol passa a ser um problema quando existe o excesso da partícula LDL–colesterol, conhecida popularmente como colesterol ruim, no corpo e do tipo de gordura ingerida. O índice de colesterol pode estar ligado ao estilo de vida, como má alimentação, tabagismo, sedentarismo e obesidade. Mas ele também pode estar associado a questões genéticas, que é chamado de hipercolesterolemia familiar (HF).
O CNN Sinais Vitais desta semana aborda as principais características do colesterol e destaca como o controle é possível a partir de hábitos saudáveis de alimentação e atividade física. O programa apresentado pelo cardiologista Roberto Kalil vai ao ar neste domingo (16), excepcionalmente às 18h15 devido à transmissão do debate presidencial às 20h, reforçando o conteúdo diversificado com a marca CNN Soft.
Neste episódio, Roberto Kalil entrevista o diretor da Unidade Clínica de Lípides do Incor, Raul Dias dos Santos Filho (veja acima). “O colesterol ruim é aquele que está associado ao aumento do risco de problemas do coração nos infartos e derrames. O colesterol bom é aquele que teoricamente protege nosso organismo contra isso”, explicou Raul.
Segundo o Ministério da Saúde, 4 em cada 10 brasileiros têm colesterol alto. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a HF (hipercolesterolemia familiar) acomete 10 milhões de pessoas no mundo e 300 mil no Brasil.
O Incor conta com o HipercolBrasil, um programa de rastreamento genético de hipercolesterolemia Familiar. O projeto faz parte do laboratório de genética do Instituto. Coordenado pela bióloga Cinthia Jann, é responsável por rastrear famílias que têm colesterol acima do aceitável. Dessa forma, eles iniciam o tratamento de forma precoce naquelas pessoas que ainda não apresentaram nenhum outro sintoma, como crianças, por exemplo.
Prevenção e tratamento do colesterol
O tratamento do colesterol é feito com medicamentos e, como mostra o episódio desta semana, a medicina avançou nesta área nos últimos anos.
Na maioria dos casos, o paciente toma medicamentos como as estatinas, inibidores da enzima HMG-CoA redutase (enzimas do fígado responsáveis pela produção de colesterol).
Outro tratamento em expansão, que ainda não é oferecido pelo SUS, é realizado com o uso de injeções com anticorpos monoclonais. Elas reduzem em até 60% o nível alto do colesterol. Nos casos mais graves, é necessário intervenção cirúrgica pouco invasiva.
A equipe do CNN Sinais Vitais ainda acompanhou o dia do médico Alexandre Abizaid, diretor de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista no Incor. Ele afirma que, na maioria, os pacientes são pessoas com colesterol alto que infartaram e que precisaram colocar stent para desobstruir a artéria.
“A angioplastia é o tratamento mais definitivo, que empurra a placa de gordura para o vaso, restaura a luz e o paciente passa não sentir mais os sintomas de dor no peito”, diz Abizaid.
No programa, especialistas alertam sobre a alimentação e a importância da atividade física para a prevenção aos riscos do colesterol. A nutricionista do Laboratório de Lípides da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Ana Maria Lottenberg afirma que as gorduras trans contribuem para o desenvolvimento do colesterol ruim e destaca a importância de observar os rótulos antes de consumir os alimentos.
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