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A educação empreendedora é fundamental na construção de profissionais preparados para o mercado. / Copyright: dreamerve

O ato de empreender, antes de tudo, baseia-se em orientação e estudos. Sendo assim, o ideal é que a prática seja ensinada justamente quando a pessoa está estudando, pois é nesse momento que ela pode desenvolver suas habilidades, inovar, ser criativa e aprender a trabalhar em equipe. 

É assim que o indivíduo se prepara para o mercado, desde os tempos de escola. Então, nada mais sensato do que as instituições de ensino darem suporte para que a pessoa se torne empreendedora. Porém, tal realidade ainda não é presente em muitos países do mundo. No Brasil, a educação empreendedora ainda caminha a passos lentos. São poucas as escolas que preparam os alunos para o mercado de trabalho. Até mesmo nas universidades, a prática tem pouco espaço em áreas além da administração. 

É fundamental que as escolas e as universidades garantam educação empreendedora para os alunos, pois o ambiente educacional fornece segurança para errar. Isso permite desenvolvimento de ideias, alinhamento de competências e possibilidade de inserção no mercado. Também garante que empresas sejam criadas por oportunidade e não por necessidade.

No artigo a seguir iremos explanar mais a respeito de como as escolas podem contribuir para a formação de empreendedores.

Educação empreendedora nas escolas

Para que a prática torne-se parte da grade curricular das escolas, a primeira consiste na adaptação das intuições de ensino no tocante ao modelo de conteúdo oferecido aos alunos. É necessário aliar o cotidiano escolar com tecnologia e interação entre alunos, familiares e colaboradores da escola. Todos devem estar cientes quanto ao novo método de ensino, além de entenderem que também são partes fundamentais na construção de pessoas empreendedoras.

Outro passo importante é a capacitação do professor, pois ele contribuirá de forma significativa para que o perfil empreendedor seja moldado no aluno. O professor irá ajudar no desenvolvimento de competências, fomentando ideias criativas e incentivando em questões como comprometimento, trabalho em equipe, pesquisas, autoconfiança e independência.

É papel da escola, que fornece educação empreendedora, preparar o aluno para o mercado, assim como ensiná-lo a competir, a ter autonomia e auxiliá-lo quanto à resolução de problemas e, consequentemente, obter sucesso. A prática estimula o desenvolvimento da pessoa em todas as áreas, seja econômica, humana ou social e evidencia ao aluno que os sonhos não são impossíveis. Mas, para realizá-los, é necessário força de vontade, trabalho e saber lidar com os erros que podem ocorrer.

Por que fornecer educação empreendedora?

Ensinar a empreender não significa obrigatoriamente que o jovem abrirá uma empresa. A prática garantirá que ele tenha embasamento para lidar com os problemas reais e através dos seus valores, os resolva. Entenderá que os riscos existem, mas que diferentes caminhos podem ser trilhados rumo ao sucesso. Saberá que tudo na vida, antes de mais nada, necessita do desenvolvimento de um plano e pautará todas as suas ações de acordo com a ética

Essas não são lições apenas para quem deseja ter seu próprio negócio, são fatores que pautam o comportamento ideal de alguém no mercado, de uma pessoa que deseja ser agente transformador do mundo e são essenciais para qualquer profissão. A educação empreendedora nas escolas não garante que ao abrir um negócio, o mesmo terá sucesso. 

Ela permite que, caso uma empresa tenha problemas, o empreendedor seja capaz de identificar os obstáculos a serem resolvidos, enfrentá-los e tentar novas possibilidades, evitando assim, o fechamento precoce do negócio. A educação empreendedora também permite que os jovens iniciem a sua vida adulta, entendendo questões como planejamento financeiro.

O empreendedorismo não se restringe somente à ideia de abrir uma empresa e administrá-la. Na vida, há muitas situações em que é essencial ter pensamento empreendedor. Até para atuar como funcionário de uma empresa é preciso ter uma dose de comportamento e consciência empreendedora. 

Empreendedorismo na educação: como pode ser estimulado?

Ao longo do artigo explicamos o quanto é importante que as escolas forneçam as bases para que os alunos se tornem protagonistas do seu próprio futuro. Um dos papéis mais importantes das instituições de ensino é ajudar a preparar os estudantes para o que os aguarda fora dos seus muros.

Quando os estudantes recebem essas bases se tornam capazes de transformar não apenas a sua própria vida, mas também a sociedade como um todo. Porém, uma dúvida que pode ter surgido diz respeito à forma como essa cultura empreendedora poderia ser fomentada entre os estudantes. 

A seguir apresentaremos algumas formas como o empreendedorismo pode ser propagado entre os estudantes pelas escolas. 

1. Estímulo à inovação

O ambiente escolar não deve se pautar apenas por ser um espaço em que os estudantes reproduzem modelos ou recebem conhecimentos soltos. Ao longo da jornada de preparo escolar é essencial que os estudantes usem a sua criatividade para o desenvolvimento de soluções inovadoras. No contexto da era digital em que vivemos é também necessário incluir a tecnologia como uma ferramenta para o alcance de objetivos. 

2. Incentivo a autonomia

A autonomia tem um papel fundamental na vida dos estudantes, permitindo que eles tenham mais proatividade. Pessoas mais proativas buscam alternativas e encontram soluções quando se veem diante de problemas. Trata-se de uma competência necessária para quem empreende. Para abrir e manter um empreendimento de sucesso, é preciso entender o contexto em que se vive e desenvolver soluções. 

3. Ferramentas para análise de contexto

Empreender demanda uma dose de ousadia, mas outra dose de embasamento em fatos. No universo corporativo, essa soma é conhecida como risco calculado. A escola deve buscar formas de preparar os alunos para entender as situações do mundo à sua volta, ou seja, como ler o mundo em que vive. 

O indivíduo deve receber ferramentas educacionais que o permitam identificar os problemas da comunidade em que está inserido e potenciais soluções. Os prós e contras devem ser observados para serem propostas soluções efetivas. Basicamente, a escola deve ajudar o indivíduo a desenvolver senso crítico para empreender.

4. Valorização de projetos

Ser um empreendedor exige ter boas ideias, mas também saber como executá-las. Uma ideia só é realmente boa se o empreendedor sabe como torná-la realidade. A escola tem um papel importante para desenvolver essa competência e faz isso através da aprendizagem. 

É importante que faça parte do cotidiano escolar o desenvolvimento de projetos consistentes. O aluno precisa ser guiado a compreender como funciona a metodologia de pesquisa de temas, debates e construção de soluções para problemas. 

5. Incentivo ao trabalho em equipe

A escola deve incentivar que os estudantes trabalhem em equipe, trata-se de uma forma de potencializar a cooperação, organização e liderança. Para empreender é crucial ter essas capacidades bem desenvolvidas. O método precisa ser aplicado em ações que realmente demandem o trabalho conjunto, ou seja, evitar situações em que um estudante possa resolver o problema sozinho. 

Os alunos devem ser estimulados a trocar experiências e conhecimentos para construir algo maior. Engana-se quem pensa que empreendedores realizam seus sonhos sozinhos. Para ter uma empresa de sucesso no mercado é decisivo saber trabalhar conjuntamente com outras pessoas que tenham talentos e habilidades complementares aos seus. O trabalho em equipe é uma parte importante. 

Você conhece instituições de ensino que oferecem educação empreendedora aos alunos? Conhece algum empreendedor que teve contato com a prática? Comente abaixo e compartilhe o conteúdo nas redes sociais!

José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC – Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.

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