Como construir um relacionamento forte?

Construir um relacionamento forte exige tempo, paciência e disponibilidade para entender o ponto de vista do outro, abrindo espaço na sua vida para acomodá-lo. Por isso, a recompensa dessa dedicação é uma relação com alguém que você ama, se diverte e sempre consegue contar.

Se você está em busca ou está em um relacionamento neste momento, é provável que queira uma relação boa, saudável e forte, não é mesmo?

Mas o que exatamente define um relacionamento forte? Embora cada casal tenha uma visão única disso, uma vez que as pessoas valorizam coisas diferentes em suas relações, alguns fatores são universais e estão presentes na grande maioria dos relacionamentos saudáveis.

O que é relacionamento forte?

Relacionamentos fortes são duradouros e confortáveis para ambas as partes envolvidas, mas o que caracteriza um relacionamento ‘forte’? O que faz com que duas pessoas queiram ficar juntas por vários anos e, ainda, trabalhar em conjunto para superar adversidades?

Nessas relações, conseguimos distinguir algumas características que contribuem para o estreitamento do laço entre os indivíduos. São elas:

• Respeito: os cônjuges respeitam as personalidades, escolhas e opiniões uns dos outros e por isso, não tomam atitudes desrespeitosas na frente dos outros ou na intimidade;
• Confiança: parceiros confiam um no outro não apenas no que diz respeito à fidelidade, mas em todos os aspectos da vida, como na tomada de decisão, no tratamento recebido e na resolução de problemas;
• Honestidade: sem honestidade não há como ter confiança e respeito. Por isso, em relacionamentos fortes, os cônjuges são honestos tanto com o outro quanto consigo mesmos;
• Passar tempo separado: é um sinal de relação saudável quando o casal consegue passar tempo separado, seja no dia a dia ou por um período prolongado. Por exemplo, quando um cônjuge viaja ou sai somente com os amigos. Os parceiros precisam ter um senso de individualidade para que o relacionamento não se torne codependente;
• Trabalho de equipe: em relacionamentos fortes, os parceiros trabalham juntos para ter uma vida confortável, alcançar os seus objetivos de vida e superar obstáculos. Por isso, eles dividem a responsabilidade dos afazeres domésticos, da criação dos filhos e da tomada de decisões importantes;
• Resolução de conflitos: até em relacionamentos saudáveis, conflitos, desentendimentos e discussões acontecem. A diferença é que os casais conseguem resolver essas questões de maneira honesta e respeitosa. Então, cada adversidade se torna, uma oportunidade para o relacionamento se fortalecer; e
• Intimidade: ambos os cônjuges estão confortáveis com o nível de intimidade do relacionamento. Alguns casais gostam mais de sexo do que outros e está tudo bem. Por isso, é importante respeitar os limites da intimidade de cada um. Em relacionamentos fortes, os parceiros conseguem falar abertamente sobre isso e chegar a um consenso.

Como se constrói um relacionamento forte?

Construir um relacionamento forte não é uma tarefa tão simples assim. Embora a afinidade ajude muito, pois facilita interações que promovem intimidade, os cônjuges precisam se esforçar para construir um bom relacionamento.

Para começar, cabe a reflexão: o que você quer do seu relacionamento?

Reflita sobre os momentos que você quer viver ao lado do cônjuge e como você gostaria que eles fossem. Por exemplo, leves, divertidos e cheios de companheirismo. Por isso, quando você sabe o que quer de um relacionamento, fica mais fácil trabalhar, em conjunto com o parceiro preferencialmente, para atingir esse objetivo.

É claro que você precisa ter expectativas realistas.

Você pode sonhar com um tipo de relacionamento sabendo que, na realidade, a situação pode ser diferente porque não é possível controlar as pessoas. Os valores e condutas que você considera importantes para um relacionamento servem como um direcionamento para construir uma boa relação, mas tenha em mente que não se pode segui-los à risca.

Entre as maneiras de construir um relacionamento forte estão:

1.     Dialogar sempre

A comunicação é essencial para que os cônjuges aprendam mais um sobre o outro, compartilhem sentimentos sem medo, alinhem os seus planos para o futuro e resolvam conflitos de um modo que faça ambos se sentirem ouvidos.

Tanto você quanto o seu parceiro devem se sentir confortáveis para falar sobre problemas sérios, bem como para compartilhar acontecimentos corriqueiros do trabalho, família e círculo de amigos.

Quando as conversas terminam em julgamento, cobranças ou discussões, está na hora de repensar o estado do seu relacionamento, pois relacionamentos saudáveis, parceiros conseguem dialogar abertamente, mesmo quando há divergência de opiniões. Sem comunicação clara e respeitosa, a convivência se torna inviável.

2.     Ter empatia

A empatia facilita o diálogo e muitos outros aspectos do relacionamento. Então, quando você consegue se colocar no lugar do outro e tenta compreender o mundo através do ponto de vista dele, o seu entendimento dele aumenta. Você passa a entender o porquê do seu cônjuge pensar do jeito que pensa, então consegue encontrar maneiras melhores de responder aos seus comportamentos, decisões e opiniões.

O mesmo deve acontecer com você.

Se a empatia vem só de um lado, ocorre uma desarmonia. Então, o seu cônjuge também deve demonstrar interesse em entender como você pensa. Afinal, um relacionamento é composto por duas pessoas, não é mesmo? Sendo assim, as duas partes precisam estar dispostas a fazer a relação se fortalecer.

3.     Abandonar o controle

O controle é o problema de muitos relacionamentos. Por isso, alguns cônjuges querem controlar o que o outro faz, pensa, fala, veste, compartilha nas redes sociais, com o que trabalha e até com quem ele se relaciona. As razões para a mania de controle são diversas: às vezes é uma característica da personalidade enquanto, em outras, é o desejo de manter o parceiro sempre ao seu lado, independentemente das vontades dele.

Para construir um relacionamento forte, você precisa confiar no seu parceiro. Ele ou ela, assim como você, sabe se virar, então não há necessidade de ter alguém gerenciamento todos os seus passos.

Se o controle nasce do medo de perder o cônjuge, converse com ele para saber o que ele acha do relacionamento e então, se ele demonstrar interesse em ficar com você, não há necessidade de temer um término ou traição.

Ao mesmo tempo em que isso pode acontecer, pode não acontecer. Do que adiantar sofrer por algo que não existe? Por isso, foque em aproveitar os momentos ao lado do seu cônjuge e criar lembranças boas, vivendo o presente e aceitando-o como ele é.

4.     Conhecer o seu valor

Conhecer e valorizar a si mesmo é muito importante para qualquer relacionamento. Somente ao reconhecer o seu valor, você consegue estabelecer limites nas suas relações.

Pessoas com baixa autoestima, por exemplo, aceitam abusos e injustiças por acreditarem merecer esse tipo de tratamento. Esse é um dos motivos pelos quais as pessoas permanecem em relacionamentos tóxicos.

Algumas ‘bandeiras vermelhas’ dos relacionamentos são:

• Não gostar de ficar com o parceiro;
• Discussões constantes;
• Sensação de desigualdade na relação;
• Mentiras e omissões;
• Falta de confiança;
• Necessidade de mudar o outro; e
• Cobranças e acusações incessantes.

Pessoas com autoestima alta reconhecem as suas qualidades e se valorizam como são, então não aceitam os comportamentos mencionados ou outras condutas que consideram inadequadas. Elas conseguem se defender e exigir respeito do cônjuge. Logo, não permanecem em relacionamentos que não são saudáveis para elas.

5.     Ouvir

Ouça o seu parceiro da maneira como você gostaria de ser ouvido. Você pode não compreender as suas apreensões ou pedidos, mas deve ouvi-lo e respeitá-lo.

Quando você se propõe a ouvir o outro, aprende mais sobre ele e consegue fazer acordos mutualmente benéficos para fortalecer o relacionamento. Por exemplo, se o seu cônjuge não gosta de um programa social que você gosta, vocês podem combinar que ele não participará ou que irá de vez em quando para fazer companhia.

Pode não parecer um acordo importante, mas, em um relacionamento, é preciso chegar em um consensos nas mais variadas situações: na criação dos filhos, na relação com os sogros, nos objetivos profissionais, na administração do lar, na vida social do casal, entre outros. E, para isso, é preciso saber ouvir.

6.     Fazer terapia

A terapia de casal pode ajudar casais que buscam construir um relacionamento forte. Às vezes opiniões e personalidades diferentes podem colidir, tornando difícil conversar sobre certos assuntos e encontrar soluções viáveis para os problemas. Entretanto, ainda que a convivência esteja complicada, os cônjuges têm vontade de ficar juntos, mas não sabem como.

Com a psicoterapia, eles possuem a oportunidade de dialogar em um ambiente confortável e seguro sob a mediação de um profissional com conhecimento sobre relacionamentos conjugais. Então, é mais fácil ouvir o outro e praticar a empatia visando resolver as questões incômodas do relacionamento para ambos.

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