Você, quando criança, já deve ter ouvido que não podia chorar em público, ficar triste e mostrar a sua fragilidade aos outros, não é mesmo?
Mas qual a importância da fragilidade?
Foi essa a pergunta que a nossa equipe fez para Laíza Carreira, psicóloga da Psicologia Viva que explicou mais detalhes sobre o tema.
Veja só!
O que é fragilidade
Afinal, o que é ser emocionalmente frágil? Uma pessoa com emoções frágeis tem dificuldades em gerenciar as emoções, se desestabilizando mesmo com pequenas preocupações.
“Alguns teóricos consideram a fragilidade como algo quebradiço”, diz a profissional.
É importante salientar que os momentos de tristeza e de irritação podem causar uma instabilidade emocional.
E qual a diferença ente fragilidade e vulnerabilidade?
“Pensando na epistemologia da palavra, a vulnerabilidade vem do latim e significa o que pode ser ferido ou atacado”, afirma a psicóloga.
Dessa forma, as pessoas vulneráveis são aquelas que estão “desprotegidas”, em alguma situação frágil.
Sexo frágil
Provavelmente, você já ouviu que as mulheres são o sexo frágil. A frase, inclusive, é dita há muito tempo e historiadores apontam registros na Idade Média.
E por que isso acontece?
A psicóloga explica que a sociedade ainda entende fragilidade à fraqueza física, não emocional. Dessa forma, a mulher é colocada em uma posição de sexo frágil.
“Entretanto, estatisticamente, as mulheres vivem mais anos por cuidarem mais de suas emoções”, diz a profissional.
Vale a reflexão: todos nós não somos apenas potência e força.
“Ninguém é só luz e ninguém é só sombra”.
Como agir
O importante é entender que não há um certo e um errado e que é preciso entender o que estamos sentindo.
“É muito nesse sentido de olhar para as emoções, olhar para o que emerge”, aconselha Dra. Laíza.
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Um poema de Renata Stein:
Pessoas vulneráveis são a beleza manifesta do que brota da Terra. São seres que pulsam, transbordam, rompem, arriscam.
Corpos em revolta se contorcendo de raiva, medo, deleite e prazer, estabelecendo conexões verdadeiras, gargalhando felicidades e nervosismo, se descascando de suas certezas e abraçando a mudança, se despedindo de suas armaduras, proteções e medos para viverem trocas reais e conectadas.
Conscientes de seus corações dão voz às pulsações. Sentindo a terra e a água de ser quem se é, percorrem caminhos de renovação.
Seres que não paralisam suas emoções, vulneráveis, se doando, olhando no olho, sendo fortes e corajosos, contorcendo de dor, de insatisfação revolvendo suas entranhas em busca de reflorescimento, se despedaçando para se reconstruir. Estar vulnerável é estar vivo.
Se não, o corpo é como um pedaço de carne. Se não vazio e frio, desamor e desconexão. Vulnerabilidade é permissão para uma nova pele a todo momento, para estar um passo mais perto do eu. Descascar-se de apegos, passado, preconceitos e verdades.
Reconhecer quando a pele que habitava não é mais capaz de acolher o novo e a nova que habitará e um dia tampouco representará. Ir descansando-se aos poucos do que você pensa ser, renascendo quem você tem potencial para ser.
Vulnerabilidade é sobre a verdade do coração exposta ao mundo. Esconder é couraça de proteção e vulneráveis são corpos-exposição. Vulnerabilidade é sobre sinceridade profunda.
Fonte
Laíza Carreira é psicóloga da Psicologia Viva, pós-graduada em Arteterapia e em Aprimoramento Psicologia e Trabalho Corporal em Tempos de Pandemia. A profissional é especialista em compulsões, conflitos familiares, síndrome do pânico e depressão, entre outros temas.
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