“Zona de conforto” é uma expressão que, à primeira vista, possui uma conotação positiva. Quando estamos confortáveis, nos sentimos bem e felizes, certo? Mas, na verdade, esse termo se refere a um estado de inércia extrema.
As pessoas permanecem neste espaço limitado de conforto por várias razões e raramente elas são positivas, embora às vezes pareçam ser. Elas podem não passar por experiências desgastantes, mas também não têm vivências enriquecedoras. Entretanto, é difícil ter essa percepção quando se está acostumado com a rotina monótona.
Os desafios servem para nos tirar deste estado paralisante e de baixo rendimento.
Eles podem ser extenuantes devido ao esforço feito para superá-los. Também podem forçar uma autoanálise, a qual revelará verdades que você provavelmente não estará pronto para enxergar. Aceitar e encarar desafios de cabeça erguida, no entanto, é sempre recompensador!
Por que nos sentimos bem na zona de conforto?
Quem não se sentiria bem em uma posição confortável, segura e previsível, não é mesmo?
Não é necessário fazer esforços monumentais para levantar-se da cama de manhã, tomar decisões e interagir com as pessoas. Tudo é belo e agradável, pois não requer o contato com situações estressantes e sentimentos negativos. Assim, na maior parte do tempo, nos sentimos bem e protegidos.
Só que chega uma hora que a inércia começa a atrapalhar.
A vida, tanto a sua quanto a minha e a de todas as outras pessoas, é inconstante. Se recusar a acompanhar as suas transformações e ritmo frenético é o mesmo que se recusar a aprender habilidades novas, conhecer pessoas interessantes, crescer profissionalmente, rir de si mesmo e aprimorar os pontos fragilizados da sua personalidade.
Pense bem: se o objetivo da vida fosse ficar somente em uma posição confortável, se recusando a aceitar novos desafios, seriamos seres contemplativos. Passaríamos os dias como observadores e viveríamos as mesmas experiências repetidamente.
E qual é a graça disso?
Embora a zona de conforto seja, de fato, um tanto confortável, ela não é um bom lugar para se alojar por muito tempo.
O perigo da zona de conforto
A zona de conforto impede que você tenha a melhor vida que poderia ter. Precisamos estabelecer novos propósitos, correr riscos, adquirir conhecimentos, expandir horizontes, formar vínculos afetivos, conhecer lugares novos, errar, mudar de ideia, entre outras experiências de vida.
Os seres humanos possuem a tendência de buscar posições cômodas, estáveis e seguras. Diante da imprevisibilidade da vida, é bom saber que possuem um porto seguro. Porém, nem sempre situações aparentemente confortáveis são para o nosso bem. Elas podem estar criando uma ilusão de falsa proteção.
Por exemplo, muitas pessoas se submetem a condições de vida que ferem a sua saúde mental e integridade física. Para elas, no fundo, aquela situação é conhecida, então, preferem ficar nela ao invés de fazer movimentos de mudanças.
Esta mentalidade causa muito sofrimento, mas, infelizmente, essas pessoas não conseguem modificá-la facilmente. Elas precisam de acompanhamento psicológico para descobrir que existem múltiplas alternativas de vida mais agradáveis.
Além disso, ficar em uma posição confortável por um longo período transforma as pessoas em seres medrosos, inseguros e estáticos.
Quando se deparam com acontecimentos muito diferentes da sua realidade, esses indivíduos não sabem como reagir a eles. Por isso, tomam decisões que prejudicam o seu bem-estar emocional, iniciam conflitos desnecessários e sofrem demasiadamente. Ou seja, perturbam o conforto que acreditam ter.
Se você sente que a sua vida está estagnada, seja em uma única área – profissional, financeira, acadêmica, pessoal, amorosa – ou como um todo, provavelmente está na hora de abandonar a situação de conforto em que você se encontra.
Como sair da zona de conforto?
Sair da zona de conforto não implica somente em buscar atividades novas. É, sobretudo, um enfrentamento dos seus medos. Inseguranças e receios ironicamente só param de causar desconforto emocional quando são encarados de frente.
Por exemplo, uma pessoa extremamente tímida que não consegue falar em público ou relaxar em momentos sociais deve justamente procurar fazer isso para deixar de temer as interações sociais. Para enfrentar esses medos, contudo, ela precisará de muita coragem e determinação para não voltar aos velhos hábitos.
Não é um processo muito agradável, mas esta é a questão! Ninguém gosta de sofrer com atribulações, embora elas sejam ótimas professoras.
Uma vez superadas, você conseguirá compreender a importância desses períodos de adversidade para o seu crescimento pessoal. Ficará até orgulhoso de si mesmo por deixar medos, dificuldades e incertezas para trás.
Mesmo que sair da zona de conforto e aceitar novos desafios não sejam experiências aprazíveis a princípio, elas somente lhe farão bem!
Faça terapia
Muitas vezes, deixar a zona de conforto envolve trabalhar sentimentos, crenças e receios que mexem com o psicológico. Ao engajar em atividades e experiências inéditas, a sua noção de “eu” pode ficar confusa. Você pode se questionar do que você realmente é ou não capaz de fazer.
Para aliviar as suas dúvidas, você pode contar com a ajuda de um psicólogo. A terapia é a ferramenta ideal para fazer mudanças comportamentais e modificar padrões de pensamento de uma maneira saudável.
Isso não significa que essas transformações serão feitas tranquilamente. Na terapia, as pessoas revisitam lembranças dolorosas, confrontam autopercepções negativas e exploram relacionamentos tóxicos. Esse encontro direto com incômodos emocionais causa uma variedade de emoções desagradáveis.
Todavia, esses processos são necessários para mudar a sua vida e consolidar pensamentos, crenças e comportamentos saudáveis. Consequentemente, você conseguirá deixar a sua zona de conforto.
Busque experiências novas
Este é o primeiro passo para ter uma vida mais alegre, colorida e leve!
Quais experiências você sempre teve vontade de viver? Quais você sempre temeu por ter receio de julgamentos alheios? Una o útil ao agradável e faça uma lista com respostas para ambas as perguntas.
Em seguida, se desafie a realizar as vontades mais fáceis primeiro. Por exemplo, aprender um idioma, visitar um local específico da sua cidade, adotar um animal de estimação e ir a um encontro às cegas. Essa é uma ótima maneira de pegar o jeito e passar para o enfrentamento de medos sem sentir cargas absurdas de estresse.
Tenha em mente que, por mais nervoso que você fique ao encarar um novo desafio, a vivência dele é essencial para o seu crescimento pessoal.
Faça um esforço diferente todos os dias
Você deve se esforçar diariamente para não permanecer em uma posição demasiadamente confortável por muito tempo. É muito provável que uma, duas, três ou até mesmo 100 tentativas não sejam o suficiente para você conquistar os resultados desejados.
A sua mentalidade deve ser de persistir, não de parar ao chegar a uma determinada altura do caminho ou ao encontrar um obstáculo aparentemente mais complicado que os demais. Neste caso, vale repensar o modo como você tem feito as coisas para encontrar oportunidades de melhoria.
Com o passar do tempo, a postura de “vou melhorar a cada dia” se tornará automática, sem exigir esforço extra do seu cérebro e do seu corpo.
Aceite as suas vulnerabilidades
Você não precisa ignorar as suas limitações para sair da zona de conforto. Apesar do objetivo principal ser viver experiências distintas por meio do enfrentamento de medos, você deve estar ciente de suas vulnerabilidades. Caso contrário, você poderá se frustrar ao tentar fazer mais do que consegue no momento.
Aceite que você é imperfeito, assim como todas as outras pessoas. Os seus pontos “fracos”, embora tenham esse nome, não lhe tornam fraco. Quando você se livra da ilusão do perfeccionismo, compreende que os seus defeitos, falhas e receios são parte de você e não é necessário sentir vergonha por isso.
Essa compreensão é necessária porque você certamente cometerá alguns erros ao longo da sua trajetória para levar uma vida menos confortável. Assim, deve entender que errar não é o fim do mundo. É somente mais uma etapa do percurso.
Se conheça
O autoconhecimento é outro elemento indispensável neste processo. Se você não se conhece, como sabe o que é bom para você? Como reconhece os seus limites e as suas competências? Como sabe quais hábitos compõem a sua rotina ideal?
Esses conhecimentos são necessários para você criar o modo de vida que melhor combina com a sua personalidade. A razão da sua infelicidade pode residir na perspectiva inadequada de quem você é, ou da insistência em costumes que não lhe fazem bem.
Neste momento, você pode estar preso à sua zona de conforto por desconhecer que possui o potencial ou não reconhecer que merece ter a vida dos seus sonhos. Entretanto, como você descobrirá que é corajoso e talentoso se nunca tentar coisas novas? O autoconhecimento também incentiva a busca por novas vivências.
Ficou inspirado a sair da sua zona de conforto? A Vittude espera que sim! A vida se torna muito mais agradável quando nos permitimos crescer, arriscar e viver o novo.
Que tal unir esse desejo a uma nova fase de autoconhecimento? Descubra novas vocações e possíveis projetos de vida por meio da terapia online! É só usar a ferramenta de agendamento abaixo, escolher um psicólogo ou psicóloga e partir para a sua primeira sessão: