Você sabe o que é inteligência emocional? Provavelmente sim! Nesse artigo vamos explorar o quanto ela é importante tanto para a nossa vida pessoal e profissional.

Você vai descobrir o que é a inteligência emocional e dicas práticas para desenvolvê-la!

Por muito tempo, a única forma que existia para saber se uma pessoa era competente e inteligente era medindo o seu QI (coeficiente de inteligência). Muitos estudos evoluíram e, nos últimos anos, a inteligência emocional roubou a cena.

Segundo o livro “Inteligência Emocional 2.0”, 7 em cada 10 vezes profissionais com alto QI são superados por aqueles que possuem altos níveis de inteligência emocional (QE – quociente emocional). Um estudo da Capgemini Research Institute feito recentemente também revelou que a procura por colaboradores com forte inteligência emocional deverá ser, pelo menos, 6 vezes maior nos próximo 5 anos.

Portanto, foi-se o tempo em que ser o ninja em números, planilhas, línguas e tudo mais era o suficiente para ser bem-sucedido. É preciso mais e a inteligência emocional comprova isso.

O que é inteligência emocional?

A inteligência emocional é a capacidade de um indivíduo de reconhecer e lidar com as suas emoções, sendo capaz de utilizá-las em benefício próprio. Além disso, também está diretamente relacionada à compreensão dos sentimentos alheios e conseguir criar relacionamentos saudáveis com quem te cerca.

Parece simples? Sim, falando pode parecer, mas sabe todas aquelas vezes que você perde a cabeça por quase nada e explode com seus colegas de trabalho sem motivo? Isso significa que você não está lidando com a situação com inteligência emocional.

No livro “Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente”, de Daniel Goleman, há uma constatação importante sobre as pessoas autoconscientes, que nos faz entender melhor o que significa ter a inteligência emocional bem desenvolvida.

“Autoconscientes. Conscientes de seu estado de espírito no momento em que ele ocorre, essas pessoas, evidentemente, são sofisticadas no que diz respeito à sua vida emocional. A clareza com que sentem suas emoções pode reforçar outros traços de suas personalidades: são autônomas e conscientes de seus próprios limites, gozam de boa saúde psicológica e tendem a ter uma perspectiva positiva sobre a vida. Quando entram em um estado de espírito negativo, não ficam ruminando nem ficam obcecadas com isso e podem sair dele mais rápido. Em suma, a vigilância as ajuda a administrar suas emoções.”

Antes de conferirmos de forma ainda mais prática esse conceito, vamos entender quais são os 5 pilares que regem a inteligência emocional.

Quais são os 5 pilares da inteligência emocional?

Daniel Goleman, psicólogo, jornalista, escritor e PhD em Harvard, foi um dos grandes responsáveis por disseminar o termo inteligência emocional pelo mundo. É considerado o “pai da inteligência emocional” e é autor best seller de livros como “Inteligência Emocional” e  “Emoções Destrutivas e Como Dominá-las: um Diálogo com o Dalai Lama”.

Goleman elencou os 5 principais pilares da inteligência emocional que todos precisam ter em vista se quiserem desenvolvê-la:

1. Reconhecer as suas emoções

Ter consciência sobre o que você sente quando as emoções afloram. Portanto, quando estiver em uma discussão, por exemplo, ter clareza sobre os seus sentimentos irá te ajudar no próximo pilar.

2. Controlar as suas emoções

Não adianta nada reconhecer o que você sente e não ser capaz de controlar. Em momentos nos quais você sente muita raiva ou medo, por exemplo, é preciso ser capaz de controlar as emoções e esfriar a cabeça antes de tomar decisões ou falar algo para as pessoas que estão ao seu lado. Trata-se de ser capaz de colocar as emoções no lugar certo e equilibrar o que sente.

3. Automotivação

Ao longo da vida somos surpreendidos por inúmeras situações, altos e baixos, que nos fazem perder a vontade de continuar lutando e indo atrás do que queremos. Nessas horas, é importante ser capaz de se manter motivado, caso contrário, você irá desistir diante da primeira dificuldade.

4. Empatia

Saiba se colocar no lugar do outro e compreender o que ele está sentindo. Ter empatia é muito importante para entender suas decisões e irá te tornar uma pessoa mais aberta e sensível.

5. Habilidades interpessoais

Por fim, o último pilar também é relevante para ter uma vida mais equilibrada, pois a partir do momento em que você consegue criar relacionamentos saudáveis com as pessoas ao seu redor, sua vida se torna mais leve e cria-se um ambiente positivo.

Exemplos práticos para entender o que é inteligência emocional e como ela funciona

Muita informação? Se você ainda está um pouco confuso em relação a tudo isso que falamos até agora, vamos analisar dois exemplos práticos de situações que poderiam facilmente acontecer no seu dia a dia.

Iremos expor o acontecimento, um em âmbito pessoal e outro profissional, e depois explicaremos como uma pessoa com e sem inteligência emocional agiria!

1. Término de um relacionamento

Imagine que você está pensando em terminar o seu relacionamento de 5 anos. É um momento doloroso e difícil de lidar, portanto, você se sente um pouco inseguro com a situação. Após muito pensar, decide marcar o encontro com a sua namorada e expor tudo o que está sentindo.

Como uma pessoa sem inteligência emocional agiria?

Não conseguiria conduzir a conversa de forma clara e objetiva porque não tem clareza sobre o que sente. No meio do papo, não seria capaz de controlar as suas emoções, podendo chorar descontroladamente ou agir de forma agressiva, por exemplo. Por fim, também não conseguiria se colocar na posição do outro e entender seus sentimentos, se preocupando apenas com si mesmo.

Como uma pessoa com inteligência emocional agiria?

Chegaria muito mais preparada para a conversa, pois já teria conseguido reconhecer o que sente e seria capaz de controlar suas emoções ao longo da conversa para manter o papo saudável e equilibrado. Além disso, refletiria sobre como a outra pessoa pode se sentir com tudo aquilo, dando espaço para que ela se exponha e sendo cuidadoso o suficiente para se colocar em seu lugar e não se preocupar apenas com si mesmo.

2. Feedbacks no trabalho

Todos os anos você e seu gestor fazem uma rodada de feedbacks para avaliarem a sua evolução e traçarem um plano de desenvolvimento para o futuro. Dessa vez, você foi surpreendido por um feedback negativo em relação à sua postura e forma de lidar com as pessoas do seu time.

Como uma pessoa sem inteligência emocional agiria?

Ficaria raivoso e rebateria as críticas sem pensar nos pontos que estão sendo levantados. A conversa acabaria com um tom agressivo e o clima se tornaria muito ruim, afetando drasticamente a sua relação com o gestor. Você acabaria sendo visto como um profissional ainda imaturo e incapaz de lidar com frustrações.

Como uma pessoa sem inteligência emocional agiria?

Ouviria as críticas com atenção, tirando possíveis dúvidas sobre os pontos que estão sendo levantados. Colocaria seus argumentos na mesa de uma maneira educada e persuasiva, mas sem agredir o seu gestor. Após a conversa, esfriaria a cabeça e refletiria sobre tudo o que foi dito para, então, se necessário, conversar novamente com seu chefe para esclarecer o que for necessário.

É possível desenvolver a inteligência emocional?

Com exemplos do dia a dia ficou mais fácil entender como a inteligência emocional é importante e pode beneficiar tanto a sua vida pessoal como profissional, não é mesmo?

Outra dúvida que muita gente tem é em relação a como desenvolver a inteligência emocional. Afinal, é possível ou não? E como faço para desenvolvê-la?

Além de ser possível, existem maneiras muito práticas. Abaixo vamos listar as principais!

1. Terapia ou Coaching

Essas são algumas das formas mais eficientes e conhecidas para desenvolver a inteligência emocional, pois todas as habilidades que listamos em seus 5 pilares estão muito associadas ao autoconhecimento.  A terapia é uma forma excelente de exercitar o autoconhecimento, reconhecer suas emoções, seus gatilhos e desenvolver habilidades interpessoais.

Outra ferramenta é o coaching, que também te fará olhar para dentro, se questionar e se conhecer muito melhor. Em ambos os casos, esses processos exigem mais tempo, porém, os resultados virão e com certeza serão perceptíveis.

2. Feedbacks de amigos e familiares

Existem algumas tarefas práticas que você pode começar a aplicar agora mesmo no seu dia a dia para já iniciar o seu processo de desenvolvimento da inteligência emocional.

Uma delas é pedir uma espécie de feedback para os seus amigos e familiares para avaliar os seus pontos fortes e fracos e se autoconhecer. Faça perguntas como: em quais situações você pediria a minha ajuda; que tipos de problemas eu poderia te ajudar a solucionar etc. Dessa forma, você terá mais clareza sobre qualidades e pontos a se desenvolver.

3. Testes de personalidade

Outra forma de exercitar o seu autoconhecimento e entender melhor sobre si mesmo é fazendo testes de personalidade. A partir deles você pode descobrir mais sobre sua forma de lidar com pessoas e características importantes sobre o seu jeito de ser e agir.

4. Metas para mudanças de hábitos

O primeiro passo é mergulhar no autoconhecimento, no entanto, depois é preciso colocar em prática. De nada adianta saber todos os seus pontos fortes e fracos e não fazer nada a respeito.

Utilize um mural ou um caderno para anotar todos os seus aprendizados e insights. Em seguida, comece a se policiar em relação aos pontos que foram anotados como “a desenvolver”.

Se você concluiu que não sabe lidar bem com críticas e logo que recebe uma já aumenta o tom de voz e agride a pessoa com quem está discutindo, fique atento nos momentos que isso acontece para ser capaz de controlar melhor as suas emoções.

Não é simples e realmente é preciso querer para dar certo, mas assim que você perceber os primeiros sinais de evolução ficará ainda mais empolgado com os resultados.

5. Yoga e Meditação

Ambas as práticas têm como foco o presente e a respiração, podendo ser muito úteis para quem precisa diminuir os níveis de estresse e refletir sobre o que sente.

Tanto o Yoga quanto a meditação poderão proporcionar benefícios a longo prazo e te ajudar a vivenciar momentos de introspecção que também contribuem para o reconhecimento e controle das emoções. Além disso, as duas práticas exigem bastante treino para se alcançar a perfeição, o que também te ajudará a trabalhar a automotivação.

6. Cursos para aprender o que é inteligência emocional

Com o tema em alta, surgem cada vez mais cursos que visam o desenvolvimento da inteligência emocional.

Existem tanto os de curta duração como os mais longos, que são uma espécie de retiro. Vale conferir e ver se algum te interessa. A Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional, por exemplo, possui um treinamento muito conhecido.

Quer começar a desenvolver a sua inteligência emocional agora mesmo? Agende sua consulta com um psicólogo clicando aqui!

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