Trabalhar muitas horas por dia, ou nos finais de semana, pode ser um grande problema ou dificuldade para muitos profissionais. Mas, para os worklovers isso é agradável. Worklover é a definição para pessoas que amam o trabalho, porém, não deve ser confundida com workaholic (viciado em trabalho).
Embora ambos os comportamentos sejam entendidos como similares, em um primeiro olhar, guardam diferenças significativas. No artigo a seguir iremos apresentar o conceito de worklover e diferenciá-lo de workaholic. Então, que tal descobrir qual é o seu comportamento diante do trabalho?
Worklover: apaixonado pelo trabalho
O departamento de psicologia da Universidade de Brasília (UnB) realizou estudos e pesquisas e concluiu que o trabalho é prazeroso. A possibilidade de fazer o que se gosta e unir prazer ao trabalho diário pode trazer, além de muita felicidade, entusiasmo, qualidade de vida e ganhos expressivos financeiramente. O amor ao trabalho ajuda a ter mais energia, criatividade e comprometimento.
Até meados da década de 80, o trabalho era visto, apenas, como uma forma de ganhar dinheiro. Nos últimos anos, as pessoas começaram a ter uma preocupação maior com a carreira e com verdadeiros interesses profissionais. Fazer o que gostam e se sentirem realizados no trabalho, ter automotivação e capacidade de fazer as coisas acontecerem, são características inerentes desses profissionais.
O sucesso do indivíduo começa a ser medido quando este consegue alcançar e superar seus objetivos iniciais. Estar satisfeito com o que se faz é uma das maneiras essenciais de ser um adulto saudável, já que o trabalho toma a maior parte do dia. Certamente, gostar do trabalho tem influência sobre seu psicológico.
Afinal, o que é ser um worklover?
O worklover é alguém que realmente ama o que faz e, por esse motivo, emprega boa parte de suas energias nessa atividade. O ponto central que diferencia um apaixonado pelo trabalho de um viciado em trabalho (workaholic) é que o primeiro nunca será visto reclamando das suas atividades. Como esse profissional ama o que faz, não distingue os momentos de trabalho dos momentos de lazer pessoal. Enquanto trabalha, o worklover também está se divertindo.
É importante citar que para o worklover o trabalho não é apenas um meio de realizar objetivos, mas também de realizar seus interesses pessoais. Para quem está se questionando se é ou não um worklover, apresentaremos algumas características principais desse perfil a seguir.
Principais características de um worklover
Que tal descobrir se você é um worklover? Veja abaixo quais são as características de um worklover. O profissional é apaixonado pelo trabalho quando:
– Ama o que faz, tem prazer em realizar suas atividades;
– Sabe lidar melhor com as dificuldades quando elas aparecem;
– Supera as metas, o worklover não espera elogios para se sentir motivado e reconhecido pela empresa. Ele próprio reconhece o seu valor e fornece seu estímulo motivacional;
– Diante das suas responsabilidades, se mantém no nível de estresse considerado saudável;
– É pró-ativo: ele não espera alguma ordem para realizar o seu trabalho;
– Se está sobrecarregado, encontra maneiras de priorizar tarefas sem prejudicar a vida pessoal;
– Enquanto as pessoas reclamam que as horas não passam, o apaixonado pelo trabalho fica surpreso com a rapidez com que o dia passou. Além disso, ele deixa as tarefas mais importantes anotadas em sua agenda para o dia seguinte para aperfeiçoar e saber aproveitar o seu tempo;
– Se precisar fazer hora-extra, faz sem reclamar e não obriga os demais a fazerem também. O worklover sente prazer em ser eficiente em seu trabalho e por isso tem uma atitude positiva.
E aí identificou algumas dessas características no seu comportamento profissional?
Workaholic: viciado em trabalho
Talvez você já tenha conversado com uma pessoa que disse algo como “sou workaholic com muito orgulho”. Há uma ideia equivocada de que esse comportamento é positivo, na verdade ele não é bom nem para o profissional e nem para a empresa. Pessoas que são viciadas em trabalho, embora tenham foco em gerar resultados, abrem mão de vários aspectos de suas vidas pessoais.
Aqueles que seguem esse perfil de vício em trabalho tendem a ser bem-sucedidos, contudo, em algum momento podem entrar em colapso. Quando esse momento de apagão chega, é desvantajoso para o profissional e para a companhia. Negligenciar a vida pessoal em prol de bons resultados profissionais pode gerar um vazio que dinheiro nenhum irá preencher.
Principais características de um workaholic
A seguir listamos as principais características de quem é workaholic:
– Não consegue se desligar do trabalho mesmo quando está com a família. Há sempre e-mails para chegar, mensagens de colegas para responder;
– Dedica-se e muito ao trabalho, contudo, espera que esse esforço seja reconhecido. Quando o reconhecimento não vem como o esperado, pode se tornar frustrado em decorrência disso;
– Acredita que o trabalho sempre precisa de mais dedicação e, por isso, não vê problemas em trabalhar até doze horas por dia. É comum que workaholics tenham problemas com a exaustão;
– Os momentos que deveriam ser de lazer acabam sendo preenchidos por atividades de trabalho;
– É normal que workaholics tenham um sono de pouca qualidade, podem ter insônia ou sono agitado. Porém, mesmo dormindo mal, tendem a sentir que o descanso não faz falta;
– No horário de almoço o workaholic prefere comer no ambiente de trabalho e no menor tempo possível para poder voltar às suas atividades;
– Pode trabalhar em qualquer lugar, desde um hotel em que está de férias até num hospital com soro na veia;
– Coloca o trabalho acima de qualquer coisa, inclusive sua saúde e família.
Worklover ou workaholic?
A diferença determinante entre os dois comportamentos é que o worklover mantém a sua vida pessoal e bem-estar como prioridades. Pessoas que amam seu trabalho entendem que ele é um elemento que precisa ser gerenciado entre tantos outros. Já o workaholic não tem essa percepção e prioriza somente o trabalho.
Ter uma postura positiva em relação ao trabalho é bom para a vida de maneira geral, pois passamos muitas horas do dia trabalhando. No entanto, é fundamental manter o controle sobre o quanto o trabalho está dominando espaços de outras atividades, como convívio familiar e lazer. Fazer essa consideração é essencial para ser mais worklover e menos workaholic.
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Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC – Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.
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