conheça 8 sinais para ficar atento!

Thaiana Brotto

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Hiperatividade: conheça 8 sinais para ficar atento!

Hiperatividade: conheça 8 sinais para ficar atento!

A hiperatividade pode ser difícil de identificar. Então, os sintomas podem ser confundidos com sintomas de condições de saúde mental específicas, o que acaba tornando o diagnóstico mais lento.

Além disso, psicólogos afirmam que os sinais de hiperatividade são diferentes em crianças e adultos, embora muitas pessoas acreditem que adultos não possam ser hiperativos. A verdade é que eles podem sim e a hiperatividade na vida adulta traz consequências, sobretudo, para a vida profissional e social. No post de hoje, compartilhamos alguns sinais comuns de hiperatividade em todas as idades.

O que é hiperatividade?

A hiperatividade é um estado de intensa agitação ligado à ansiedade. Ele pode se manifestar por meio de desordem motora ou mental. Por conta disso, a pessoa hiperativa tem dificuldade de ficar quieta, principalmente as crianças.

Crianças hiperativas não são apenas “agitadas”, mas, sim, possuem dificuldade para contar a inquietação crescente, ainda que ela desperte em situações corriqueiras que ‘não deveriam’ causar inquietação. 

Por isso, a hiperatividade é, ainda, um sintoma do Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), condição do neurodesenvolvimento caracterizada pela falta de atenção e inquietação extrema.

O que pode ser confundido com hiperatividade?

Normalmente, o TDAH é diagnosticado em crianças consideradas “muito agitadas”, mas é cada vez mais comum que jovens e adultos recebam esse diagnóstico após perceberem certas dificuldades.

Por exemplo, percebem que sempre tiveram problemas para prestar atenção nas aulas e, por isso, iam mal na escola ou na faculdade. Não era uma questão de “má vontade”, “indisciplina” ou “preguiça”, mas de dificuldade de concentração e memorização.

O diagnóstico tardio tende a acontecer porque essa condição é muitas vezes confundida com outras, como o transtorno de bipolaridade, o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e até o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Nem todo comportamento que parece hiperativo tem ligação com a hiperatividade. Se alguém já apresentou um ou dois sintomas muitos anos atrás ou recentemente, é provável que eles não tenham ligação com o TDAH ou a hiperatividade. Ainda assim, vale investigar a situação com o médico.

Como diagnosticar a hiperatividade?

Assim que os primeiros sinais de hiperatividade forem notados em crianças, os pais já podem levar os pequenos ao médico ou ao psicólogo para fazer uma avaliação.

Já no caso de adultos, eles mesmos podem procurar um profissional ao analisar quais comportamentos hiperativos estão presentes nas suas vidas. Para um adolescente ou adulto receber o diagnóstico de TDAH, os sintomas precisam estar presentes desde antes dos 12 anos.

Na consulta com o médico psiquiátrica, é normalmente feito um questionário para identificar quais sintomas estão presentes e a sua severidade. Após a avaliação, o médico monta um plano de tratamento e pode encaminhar o paciente para um psicólogo.

Qual a idade para diagnosticar hiperatividade?

Não existe uma idade certa para o diagnóstico da hiperatividade, mas ele costuma acontecer na infância devido à familiaridade de como os sintomas se manifestam nesta faixa etária. Além da família, professores podem identificar comportamentos hiperativos nos pequenos e apontá-los para os pais.

A hiperatividade se manifesta de modo diferente em jovens e adultos, por isso, entender que os sintomas são, de fato, sinais de hiperatividade tende a levar mais tempo. Quem cresce com deficits na atenção ou hiperatividade se acostuma a ser assim. Para essas pessoas, todo mundo age da mesma maneira ou elas que são muito diferentes dos demais.

Não raro elas internalizam crenças negativas sobre si mesmas em razão do que é dito por terceiros. Por exemplo, se acham preguiçosas, burras ou incompetentes. Assim, essas pessoas não procuram ajuda profissional para tentar entender o seu próprio comportamento.

Sinais de hiperatividade

Como dito, a hiperatividade pode se manifestar de diversas formas, tais como:

1.      Impulsividade

A impulsividade é um dos sinais mais comuns de hiperatividade. Pessoas hiperativas tomam decisões precipitadas das quais normalmente se arrependem depois. Na vida adulta, a dificuldade para controlar impulsos pode refletir negativamente na sua vida financeira. O indivíduo pode desenvolver o hábito de adquirir objetos ou serviços desnecessários para satisfazer uma necessidade momentânea, endividando-se no processo.

2.      Desorganização

A agitação da hiperatividade se manifesta tanto na inquietação corporal quanto de pensamento. Sendo assim, pessoas hiperativas costumam ser desorganizadas. Elas deixam os cômodos desarrumados e objetos fora do lugar e não se lembram onde os colocaram durante o momento de distração. Da mesma forma, perdem objetos importantes, como chaves ou documentos, com frequência.

3.      Dificuldade de gerir o tempo

A desorganização também se estende para a capacidade de gerenciar o tempo. Pessoas hiperativas podem se esquecer e se atrasar para compromissos com mais frequência. Não quer dizer que elas não os consideram importantes. Há estudos que apontam que a percepção do tempo é diferente para alguns indivíduos diagnósticos com TDAH, especialmente em crianças.

4.      Inquietação

A inquietação é um dos sintomas centrais da hiperatividade. Ela pode ser percebida nos seguintes comportamentos:

  • Movimentar os pés e as mãos;
  • Falar demais ou rapidamente;
  • Andar pelo cômodo;
  • Distrair-se facilmente durante uma aula ou atividade que requer atenção prolongada;
  • Sempre estar mexendo em objetos;
  • Ter dificuldade para esperar a sua vez; e
  • Sensação de inquietude, como se algo precisasse ser feito para contê-la.

5.      Alterações no humor

Outro sinal de hiperatividade é a alteração no humor. Pessoas hiperativas tendem a sentir emoções intensas, como raiva, frustração e decepção. A impressão passada para os demais é que a pessoa muda de humor rapidamente sem razão ou por motivos demasiadamente simples, como não ter o produto que ela gosta no supermercado. O que acontece, na verdade, é que ela tem dificuldade para controlar as suas emoções e impulsos.

6.      Dificuldade para lidar com o estresse

A resposta ao estresse também costuma ser elevada. Assim, quem tem hiperatividade sente os efeitos do estresse, como irritabilidade, falta de energia, dificuldade para dormir e alterações nos hábitos alimentares, mais intensamente. Do mesmo modo, têm dificuldade para controlá-los, sofrendo com os efeitos do estresse por mais tempo.

7.      Problemas para completar tarefas

A falta de organização e a percepção diferenciada do tempo acaba prejudicando a conclusão de tarefas dentro de determinados prazos. Pessoas hiperativas conseguem executar e concluir tudo o que se sujeitam a fazer, mas podem se atrapalhar durante a atividade.

A ansiedade para terminar no prazo e seguir o ritmo dos outros pode conduzir a erros e elevar os níveis de estresse. Então, é preciso compreender que pessoas hiperativas simplesmente possuem outras maneiras de fazer as coisas, as quais podem exigir mais tempo. E não há nada de errado nisso!

8.      Tolerância baixa à frustração

Outro sinal de hiperatividade é a baixa tolerância à frustração. Como pessoas hiperativas possuem dificuldade de regular as suas emoções, é comum que não respondam bem à frustração. Por isso, desistem mais rapidamente de atividades que consideram frustrantes ou possuem reações mais exageradas à frustração do que quem não tem hiperatividade.

Como a terapia pode ajudar com a hiperatividade?

O tratamento para a hiperatividade ou o TDAH em crianças tende a ser composto por vários profissionais, como o médico, psicólogo, fonoaudiólogo, entre outros.

Tanto os pais quanto a escola são agentes ativos durante o tratamento, sobretudo, na terapia. O psicólogo precisa conversar com os pais e o psicólogo da escola ou professores para compreender o quadro da criança e acompanhar a sua evolução. Desta forma, o profissional consegue fazer uma avaliação completa.

No caso dos adultos, a terapia possui várias funções: ajudar na organização pessoal, profissional ou acadêmica, trabalhar a autoestima, ensinar a gerenciar a ansiedade, promover o controle da impulsividade, entre outros.

Através de um conjunto de hábitos e técnicas, pacientes adultos encontram a sua fórmula ideal para lidar com a hiperatividade.

Como lidar com a hiperatividade no dia a dia?

Além do tratamento com especialistas, pessoas hiperativas podem seguir as seguintes dicas para minimizar o impacto da inquietação no dia a dia:

  • Diminuir o consumo de alimentos estimulantes, como café, chá preto, energéticos, refrigerantes, entre outros; 
  • Praticar meditação para promover um estado mental de tranquilidade;
  • Simplificar tarefas, quebrando-as em metas pequenas para evitar a sobrecarga;
  • Praticar técnicas relaxantes, como respiração profunda e visualização, para clarear os pensamentos;
  • Ter uma agenda, seja física ou digital, para conferir os compromissos do dia e semana;
  • Praticar exercícios físicos;
  • Fazer caminhada; e
  • Procurar analisar um desejo antes de ceder à impulsividade.

A ausência de tratamento da hiperatividade na infância pode fazer com que, na vida adulta, as pessoas tenham dificuldade de regular emoções, gerenciar a frustração, desenvolver habilidades sociais para a convivência profissional e aprender a controlar impulsividade.

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Thaiana Brotto

Autora: psicóloga Thaiana F. Brotto – CRP 106524/06 Formação: Thaiana Filla Brotto é psicóloga registrada no Conselho Regional de Psicologia sob o número 06/106524. Thaiana se formou em Psicologia pela PUC-PR em 2008, fez pós-graduação em Terapia Comportamental pela USP e é pós-graduanda em Neurociência pela PUC. Thaiana já escreveu mais de 400 artigos para o Blog Psicólogo e Terapia.

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