Ano Novo

Ficção de que começa alguma coisa!
Nada começa: tudo continua.
Na fluida e incerta essência misteriosa
Da vida, flui em sombra a água nua.

Curvas do rio escondem só o movimento.
O mesmo rio flui onde se vê.
Começar só começa em pensamento

Desconhecido

Nota: O poema costuma ser atribuído a Fernando Pessoa, mas não há fontes que confirmem essa autoria.

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